O principal índice acionário da Bovespa fechou em queda após um pregão instável nesta segunda-feira (10), dia que teve alta das petrolíferas OGX e Petrobras e queda da mineradora Vale, diante de preocupações sobre a saúde da economia chinesa.
O Ibovespa caiu 0,59%, para 51.316 pontos. Veja cotação
A sessão foi instável --o índice oscilou entre baixa de 0,89% e alta de 0,42%. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,4 bilhão, abaixo da média diária de 2013, de R$ 7,7 bilhões.
No campo negativo, a aérea Gol liderou as baixas do índice, seguida pela JBS, que anunciou a compra da Seara Brasil, unidade de aves e suínos, e um negócio de couros da Marfrig, a Zenda. O valor da operação foi fixado em R$ 5,85 bilhões e será pago por meio da assunção de dívidas da Marfrig pela JBS, informaram as duas empresas nesta segunda-feira, em comunicado ao mercado.
A construtora e incorporadora Gafisa ampliou as fortes perdas da última sexta-feira, após ter anunciado a venda do controle de sua unidade de loteamento urbano de alto padrão Alphaville por R$ 1,4 bilhão.
Destaque para a petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, que conseguiu recuperar parcialmente as fortes perdas registradas na última sexta-feira.
Para o diretor na Mirae Securities Pablo Spyer, em São Paulo, o movimento da Bovespa nesta sessão e a correlação em boa parte do dia com a tendência em Wall Street sugere que "os estrangeiros estão desacelerando um pouco as vendas de ações brasileiras".
Em junho, até dia 6, o saldo de recursos externos na Bovespa estava negativo em R$ 3,4 bilhões. Esse movimento ganhou força após o governo federal zerar na semana passada o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa.
"Algumas pessoas já estão vendo oportunidade de compra após as quedas recentes", acrescentou Spyer.
Dados da economia chinesa divulgados no domingo elevaram os temores de desaceleração na segunda maior economia do mundo e importante compradora de produtos brasileiros. Esse cenário pesava sobre as ações da mineradora Vale, o papel de maior peso no índice, que tem na China seu principal destino de exportações.
"O movimento da bolsa hoje passa a impressão de que os estrangeiros estão desacelerando um pouco as vendas de ações brasileiras", disse Pablo Spyer, um diretor na Mirae Securities em São Paulo.
Em junho, até o dia 6, o saldo de recursos externos na Bovespa estava negativo em R$ 3,4 bilhões. "Algumas pessoas já estão vendo oportunidade de compra após as quedas recentes", acrescentou Spyer.