O principal índice da Bovespa fechou perto da estabilidade nesta segunda-feira (5), variando entre os campos positivo e negativo em uma sessão de baixo volume, com investidores no aguardo de resultados corporativos mais tarde esta semana.
O Ibovespa fechou em queda de 0,08%, a 48.436 pontos, acompanhando as bolsas dos Estados Unidos. Veja cotação
No mês, a bolsa acumula alta de 0,42%, mas no ano ainda há queda de 20,53%.
Em um dia de agenda fraca, participantes do mercado esperavam a divulgação dos resultados trimestrais da Vale, na quarta-feira, e da Petrobras, na sexta, e mantinham o tom de cautela quanto à economia doméstica.
Apreensão
"Aqui permanece o clima de apreensão com relação à atividade econômica, na falta de indicadores positivos", afirmou o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora Corretora.
Nesta segunda-feira, a pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que economistas voltaram a reduzir a expectativa para a expansão da economia neste ano, a 2,24%, ante 2,28% anteriormente.
Contribuía ainda para o desânimo de investidores da Bovespa a valorização do dólar, que voltou ao patamar de R$ 2,30 nesta segunda-feira. "O dólar alto é um sinal de pessimismo com o Brasil, e não sabemos se ele pode subir mais ainda, tem quem fale no patamar de R$ 2,50", afirmou o gestor de portfólio José Arivar, da Fram Capital.
"O mercado está de olho no Federal Reserve, que pode provocar a saída de dinheiro de mercados emergentes e afetar o câmbio," disse Arivar, referindo-se à possibilidade de o banco central norte-americano reduzir seu programa de estímulos, que tem contribuído para alimentar o fôlego de investidores em ativos de risco.
Na sexta-feira, diante do dados piores no mercado de trabalho nos Estados Unidos, o mercado entendeu que o programa poderia durar mais, mas continuava à espera de mais dados econômicos para confirmar as impressões.
Ações
Nesta sessão, puxaram o Ibovespa para cima os papéis da mineradora Vale e da operadora Oi. Também era destaque de alta a ação da Hypermarcas, após a empresa de consumo reverter prejuízo e registrar lucro líquido de R$ 19,3 milhões no segundo trimestre.
Em sentido oposto, Petrobras, Bradesco e Itaú puxaram o índice para baixo.