11/06/2013 14h49 - Atualizado em 11/06/2013 15h23

Líderes devem discutir na quarta agenda para votar vetos, diz Alves

Presidente da Câmara vai marcar reunião sobre o tema com o do Senado.
Entre os vetos, estão os que Dilma impôs ao texto da MP dos Portos.

Fabiano CostaDo G1, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou nesta terça-feira (11) que irá intermediar uma reunião entre os líderes da Casa e o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), para definir um cronograma de votação dos vetos presidenciais.

Depois de a presidente Dilma Rousseff ter vetado na última semana 13 pontos da MP dos Portos, líderes da oposição e, inclusive, da base governista passaram a pressionar a direção do Legislativo para colocar em pauta os vetos do Palácio do Planalto.

Após dificultarem a votação de medidas provisórias defendidas pelo Palácio do Planalto, líderes da oposição advertiram nesta terça que irão obstruir as sessões conjuntas do Congresso e as comissões mistas de deputados e senadores enquanto não for apresentado um planejamento de análise dos mais de 3 mil vetos presidenciais que aguardam na fila de votação.

Ao final de uma reunião a portas fechadas com as lideranças partidárias da Câmara, Henrique Alves disse que pretende agendar um encontro com o presidente do Congresso para a manhã desta quarta (12) para tratar dos vetos. Renan retorna na tarde desta terça de uma viagem oficial a Portugal. Para o presidente da Câmara, cabe ao colega alagoano descascar esse "abacaxi”.

“Vamos aguardar a reunião que irei organizar com ele [Renan] até amanhã de manhã para ver qual é a proposta do presidente do Congresso. Esse abacaxi quem tem de descascar é ele”, brincou.

Para o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), o Congresso tem o "dever" de analisar os vetos pendentes.

“O PSDB entra em obstrução para qualquer atividade do Congresso Nacional enquanto não houver uma definição sobre o veto. A presidente tem todo o direito de vetar o que bem entender, e o Congresso tem o direito e o dever de analisar esses vetos. Não é possível termos mais de 3 mil vetos sem apreciação.”

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), sinalizou que o Planalto está preocupado com a possível análise dos vetos. Entre os milhares de dispositivos à espera de votação há o que impediu o fim do fator previdenciário e o que alterou trechos do novo Código Florestal.

“Eu deixei claro que qualquer ocupante do Executivo tem que se preocupar com veto. Se vetou a matéria, é natural que queira que a sua opinião seja prevalente. É normal que o Executivo fique preocupado com o resultado da votação”, ponderou Chinaglia.

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