27/02/2013 06h30 - Atualizado em 27/02/2013 06h30

São Joaquim da Barra está entre 267 cidades com maior risco de dengue

Focos do mosquito Aedes aegypti aumentam potencial de epidemia.
Maior dificuldade é controlar criadouros nas casas, diz secretário.

Do G1 Ribeirão e Franca

O primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) divulgado pelo Ministério da Saúde em 2013 coloca São Joaquim da Barra (SP) entre as 267 cidades com maior potencial para epidemia de dengue no país. De acordo com a pesquisa, o índice de infestação predial dos criadouros do mosquito transmissor da doença no município é de 4,7% - acima dos 3,9%, considerados como estado de alerta.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Rodrigo Jorge Massi, embora a cidade tenha um dos menores índices de dengue na região – 33 casos confirmados este ano - a pontuação no LIRAa é consequência da alta quantidade de criadouros no município, a maioria deles concentrados dentro das residências. “90% dos casos dos mosquitos da dengue a gente encontra dentro das residências”, disse.

Outra dificuldade, segundo ele, é a falta de conscientização dos moradores, mesmo depois de serem orientados. “A maior dificuldade dos agentes é conseguir conscientizar a população, porque existe um grande índice de reincidência. Eles entram nas casas, fazem a retirada dos criadouros, tiram os objetos e orientam. Mas, passado algum tempo, retornamos a esses locais e muitos deles têm outros focos do mosquito”, afirmou.

Para evitar que os criadouros se convertam em casos de contaminação, o secretário informou que a Prefeitura tem visitado residências à noite e aos fins de semana – para casas encontradas fechadas no decorrer da semana – e realizado mutirões. “Há uma intensificação da campanha pela quantidade de mosquitos que a gente encontrou na cidade. Se cada um observar o seu quintal vamos ter uma diminuição grande do índice de larvas no município.”

A pesquisa
O levantamento do Ministério da Saúde é utilizado para mensurar a concentração dos focos do mosquito transmissor da dengue em todo o país. Os municípios que atingem o percentual de 1% de infestação predial apresentam nível satisfatório. Já os municípios com até 3,9% passam a ser enquadrados em estado de alerta. As cidades acima desse percentual são passíveis de terem epidemia.

A primeira das três pesquisas anuais, que não são obrigatórias aos municípios, foi realizada em 983 cidades. “É um trabalho feito casa a casa com agentes, que encontram as larvas, colocam em um mapa e repassam isso para o programa federal”, disse Helen Lemos Bregantin, coordenadora da Vigilância em Saúde de São Joaquim da Barra.

Maior dificuldade em controlar focos de dengue em São Joaquim da Barra está nas casas, diz secretário de Saúde. (Foto: Chico Escolano/EPTV)Maior dificuldade em controlar focos de dengue em São Joaquim da Barra está nas casas, diz secretário de Saúde. (Foto: Chico Escolano/EPTV)

 

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