27/05/2013 12h53 - Atualizado em 27/05/2013 12h57

Cenário econômico incerto afeta contratações no Brasil

Dados revelam que apenas 29% das empresas contrataram até 1º tri.
Pesquisa da Grant Thornton é feita com 12.500 empresas em 44 países.

Do G1, em São Paulo

Nos últimos 12 meses terminados em março de 2013, apenas 29% das empresas no Brasil contrataram profissionais, de acordo com dados do International Business Report (IBR) 2013 da Grant Thornton, divulgados nesta segunda-feira (27). Em igual período do ano passado, o dado apontava que houve contratação em 38% das empresas entrevistadas.

A pesquisa é feita com 12.500 empresas privadas em 44 países. No Brasil, são ouvidas 300 empresas. O resultado do dado brasileiro ficou bem próximo da média global, de 24%.

“As perspectivas desanimadoras do PIB no país e iminente preocupação com a inflação coloca o empresariado brasileiro em estado de cautela. Certamente, os líderes estão aguardando uma definição melhor do cenário para decidir sobre novos postos de trabalho”, disse, por meio de nota, Paulo Sérgio Dortas, executivo da Grant Thornton Brasil.

De acordo com o levantamento, aparecem como países que mais contrataram no período o Peru (52%), a Índia (51%), Geórgia (50%), Emirados Árabes e Bósnia (ambos com 44%).
Na contramão, estão Grécia (-32%), a Espanha (-15%) e a Finlândia, Dinamarca e Itália (todos com -2%).

Globalmente, o setor que mais contratou nos três primeiros meses do ano foi o de saúde (40%), seguido pelo de serviços financeiros (38%) e mineração (35%), indica a Grant Thornton.

Aumento salarial
O IBR 2013 mostrou também que 21% dos empresários brasileiros pretendem dar aumento real aos seus funcionários nos próximos doze meses, um pouco acima da média global de 15%. O setor que mais pretende dar aumento acima da inflação é o de hospitalidade, que inclui hotéis e restaurantes (24%).

“Com a proximidade da Copa esse segmento precisa atrair mão de obra muito mais qualificada, o que explica essa tendência”, diz Dortas.

Entre os países que mais pretendem dar aumentos reais a seus empregados estão o Chile (42%), o Peru, a Turquia e os Emirados Árabes (todos com 32%). Por outro lado, Irlanda e Grécia não pretendem aumentar a remuneração e na Itália e Dinamarca apenas 2% esperam elevar salários.

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