'SimCity' é a nova versão do game de criação e administração de cidades virtuais (Foto: Reprodução)Passaram-se 10 anos desde que o último jogo original da série “SimCity” foi lançado. Agora, em 2013, o simulador de construção de cidades renasce com um novo (e polêmico) modo on-line e recursos inéditos, como a possibilidade de criar metrópoles especializadas, a ferramenta de estradas curvadas e uma forma diferente de evoluir suas casas e lojas.
O G1 criou uma cidade e fez um diário contando os primeiros meses de um município neste novo "SimCity" para você ver como funcionam na prática algumas das novidades do game. Veja a seguir a ascensão (e o precoce declínio) de Organa.
Problemas nos servidores do jogo, contudo, afetaram o desempenho do game, fazendo até com que a Amazon suspendesse a venda do game por alguns dias. "SimCity" exige conexão on-line permanente. Os problemas foram apurados pelo G1, que teve problemas para construir a cidade logo nos primeiros dias de lançamento do jogo. Nos últimos dias, embora ainda instável em alguns momentos, o game funcionou sem muitos problemas.
1º mês da cidade
Como se pode imaginar, o mês inaugural de uma cidade em "SimCity" é composto de fundações: a rodovia principal, as primeiras casas, o centrinho comercial. Como uma ferrovia corta o terreno de Organa ao meio e limita a área de construção na entrada da cidade, as primeiras edificações ficaram misturadas, sem muita distinção entre residências, lojas e fábricas. Isso precisaria ser acertado mais para frente, já que os bairros industriais desvalorizam o terreno ao seu redor e deixam os moradores das redondezas insatisfeitos.
No 1º mês, fundações da cidade foram feitas em 'SimCity' e aos poucos ela foi crescendo (Foto: Reprodução)Também foram erguidas uma torre de água e uma usina de energia eólica – a mais barata, menos poluente e menos rentável de todas. Com os habitantes da cidade supridos das necessidades mais básicas, foi possível fundar o prédio da Prefeitura de Organa. Ele permite o recolhimento de impostos e a construção de mais serviços, como quartéis de bombeiros, departamentos de polícia e hospitais. Contudo, é para lá que os munícipes irão quando se sentirem insatisfeitos com algo.
Cidades e regiões | |
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No novo 'SimCity', cada cidade está inserida em uma região com outros municípios. Com isso, vários jogadores podem habitar uma mesma área e compartilhar ou comercializar recursos e serviços entre eles. A novidade é muito bem-vinda, mas gerou polêmica. Por conta dela, segundo a Electronic Arts, 'SimCity' exige uma conexão on-line constante, mesmo para se jogar sozinho. Quando o game foi lançado, a empresa não oferecia servidores suficientes para todos os jogadores. Logo, o jogo ficou indisponível para muita gente por alguns dias. |
É interessante observar como nesse primeiro mês a maioria dos moradores se deslocou para uma cidade vizinha, fundada anteriormente e um pouco mais desenvolvida, atrás de trabalho. Um dos principais e mais úteis recursos do novo "SimCity" é justamente essa interação entre metrópoles de uma mesma região.
2º mês da cidade
Os sims (como são chamados os moradores das cidades de "SimCity") que fundaram Organa estavam assentados e supridos de serviços, mas a cidade ainda não tinha condições de se expandir fisicamente. Por isso, a solução foi valorizar os terrenos já construídos. Casas maiores, negócios mais lucrativos e produção industrial em larga escala trazem, logicamente, impostos mais altos para o governo.
Para evoluir o bairro central da cidade, algumas casas foram demolidas e, no lugar delas, foi erguida uma quadra de tênis. O novo espaço de lazer rapidamente valorizou o terreno ao seu redor e transformou as residências da região em construções mais luxuosas.
No 2º mês, área residencial ganhou quadras de esporte, o que valorizou a região (Foto: Reprodução)Evoluindo os bairros | |
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Ao contrário dos jogos anteriores, no novo 'SimCity' o que define o tamanho das casas, lojas e indústrias é o tipo de estrada que as cercam. Um prédio residencial, por exemplo, nunca surgirá em uma rua simples, sem semáforo. |
Com pelo menos uma área de Organa melhor desenvolvida, a solução foi fazer com que essa metrópole cresça horizontalmente. Ou seja: é hora de cruzar a linha do trem que divide a cidade.
3º mês da cidade
O outro lado da linha foi inaugurado com um bairro residencial simples, capaz de fornecer mão de obra para o comércio local. Porém, esse aumento de moradores gerou mais trânsito em Organa. A solução mais rápida foi a construção de um galpão de ônibus para transporte público e a distribuição de pontos de parada por toda a cidade, muito embora apenas os sims de renda baixa e média desfrutem desse serviço.
Com mais trabalhadores disponíveis, o número de lojas em Organa também pôde crescer. Essa ascendente destravou o primeiro prédio turístico da cidade – uma das tantas opções de especializações disponíveis em "SimCity". No entanto, os 15 mil simoleons necessários para custear o salão de jogos estavam fora do orçamento da cidade.
Área comercial foi construída no 3º mês na cidade de 'SimCity' (Foto: Reprodução)Cidades especializadas | |
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Outra novidade bem bacana de 'SimCity' é a possibilidade de tornar a sua cidade 'expert' em alguma área, como turismo, tecnologia ou cultura. Além das especializações atraírem mais dinheiro, a aparência da sua metrópole será definida pelo seu 'tipo' de cidade. |
Logicamente, como em todo bom "SimCity", a opção de empréstimo está logo ali pronta para financiar grandes projetos e/ou tirar a corda do pescoço dos administradores ruins. Assim, com esse dinheiro emprestado, foi levantado o edifício que pode vir a ser o grande sucesso econômico da cidade (ou não).
Como no novo bairro ainda havia pouco terreno construído, foi possível brincar com a nova ferramenta de estradas no entorno do salão de jogos. Ela é capaz de construir quarteirões inteiros de uma só vez e ruas elípticas e circulares, o que traz um saboroso ar de modernidade à cidade. Leva um tempo até se acostumar com o comportamento das curvas nesse modo de construção, e por isso é preciso ficar atento ao custo do asfalto: abuse e vá à falência.
No final do mês, a demanda por mais fábricas cresceu assustadoramente. Porém, como o desenvolvimento industrial exige a capacitação de trabalhadores – por meio de universidades – Organa não conseguiu suprir nem uma lacuna, nem outra. Uma nova avenida foi construída em direção a um morro no norte da cidade com o intuito de criar um distrito industrial. Talvez essa seja uma solução, paliativa ou não.
Ainda no 3º mês, cidade ganhou salão de jogos (Foto: Reprodução)4º mês da cidade
O mês começou agitado em Organa. Pela primeira vez na cidade, dois sims precisaram de atendimento médico. É preciso instalar um hospital, mas mais uma vez as verbas não eram suficientes. A solução? Outro empréstimo.
No 4º mês, cidade ganhou sua primeira mansão (Foto: Reprodução)O motivo das ocorrências médicas foi descoberto em seguida: a falta de coleta de lixo. Assim como na vida real, o acúmulo de detritos provoca doenças nos habitantes de "SimCity". E lá se vão mais alguns milhares de simoleons para construir um depósito de lixo.
Os problemas não pararam de acumular. O serviço de coleta não foi suficiente e centenas de moradores de Organa se aglomeraram na frente do prédio da prefeitura para reclamar dos germes em algumas ruas da cidade, outra consequência do acúmulo de lixo.
Gráfico de germes mostrou que a cidade, sem coleta de lixo, ficou infectada (Foto: Reprodução)Para piorar, uma fábrica pegou fogo e Organa não tem dinheiro (novamente) para construir um corpo de bombeiros. Não teve jeito: os prédios ao redor da indústrias em chamas também foram consumidas pelo incêndio. E lá se vai o terceiro empréstimo em menos de 6 meses de vida.
Evoluindo seus parques | |
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Você já imaginou ter o seu próprio 'Central Park' na sua metrópole de 'SimCity'? Agora isso é possível. Após construir um parque, quadra esportiva ou praça para arborizar um canto da sua cidade, é possível agregar vários outros espaços de lazer semelhantes ao seu lado. Afinal, verde nunca é demais. |
Mas o mês também teve coisa boa. A substituição de uma área residencial de menor poder aquisitivo por mais um parque fez nascer a primeira mansão de Organa, uma residência de sims ricos. Resta saber se eles irão ajudar a cidade a fugir desse abismo financeiro.
5º mês da cidade
Apesar da construção de um corpo de bombeiros, os incêndios continuaram atrapalhando o andar da carruagem em Organa. Uma fábrica foi destruída e outras duas casas, apesar de terem as chamas controladas, acabaram abandonadas. Talvez essa seja uma boa hora de investir no crescimento de densidade dessa região.
Sem bombeiros, incêndios tomaram conta da cidade (Foto: Reprodução)Vale notar que, ao longo da partida, uma série de missões são oferecidas, mas nem sempre cumpri-las é tarefa das mais fáceis. Ao alcançar um determinado número de habitantes, ou atender uma dada quantidade de incêndios, por exemplo, é possível ser recompensado por isso, seja com a opção de construir novos prédios para povoar a cidade, seja com simoleons.
Neste mês, Organa cumpriu o requisito de um indivíduo que propõe a construção da Torre Vu, um edifício enorme e imponente, mas responsável por mascarar as atividades de um criminoso perigoso. Simultaneamente, uma funcionária da prefeitura propôs que a cidade alcançasse um certo número de habitantes para poder convocar o MaxisMan, uma espécie de super-herói do universo de "SimCity". Qual será o caminho mais rentável e vantajoso para Organa? E para a sua cidade?
Por outro lado, os dois primeiros condomínios foram erguidos no centro da cidade. Eles juntam mais habitantes em menos espaço, o que é essencial para fazer a cidade crescer verticalmente. Para isso, a região precisa ser rodeada por estradas maiores.
Com a população aumentando, prédios foram construídos no lugar de casas (Foto: Reprodução)6º mês da cidade
O limite de empréstimos está estourado. O crime ascende em Organa, e a cidade não tem verba para comprar uma delegacia. O sexto e último mês desse diário será crítico para o progresso de Organa.
Mas é de fazer qualquer um chorar. Como se não bastassem os problemas de violência e roubo, um monstro gigante surgiu na cidade pronto para acabar com tudo aquilo que foi erguido em menos de seis meses de gestão. Ele se movia lentamente pelas ruas de Organa destruindo prédios e casas que estavam na sua frente. Seu objetivo era o depósito de lixo, ironicamente uma das áreas que irrompeu a crise de Organa.
A cidade estava estagnada. Sem um departamento policial, o crime dominava as ruas da metrópole e espantava os moradores de suas casas. Sem a felicidade dos habitantes, não há valorização de terrenos e o crescimento de edifícios. E apesar da coleta de lixo funcionar (e até ser "exportada" para uma cidade vizinha), o problema com os germes persiste.
Lagarto comedor de lixo invadiu e destruiu a cidade no 6º mês (Foto: Reprodução)Mas quando tudo parecia perdido, eis que um dos vários "gráficos" de "SimCity" entra em ação. O primeiro bairro construído depois da linha do trem, um dos mais humildes da cidade, estava pronto para crescer. As ruas eram largas o suficiente e só precisavam de um incentivo, uma paisagem mais verde e agradável. E foi isso que ela ganhou. E foi assim que ela cresceu.
Será que o bairro criado depois da linha do trem como um mero reduto de trabalhadores pode ser a salvação de uma cidade quebrada? Será que o distrito industrial conseguirá perseverar em Organa? Essas são algumas das dúvidas que tornam "SimCity" tão atraente para os fãs de jogos de simulação.
Cada mínima decisão é capaz de influenciar o destino e o desenvolvimento das cidades do jogo, ao passo que a paciência do governante é muitas vezes necessária para não atolar as metrópoles em dívidas incapazes de serem pagas. E com a adição das cidades especializadas, as opções de criação e evolução são imensas, aumentando e muito a diversidade das partidas.
