19/04/2013 09h03 - Atualizado em 19/04/2013 09h26

Prévia da inflação oficial acelera para 0,51% em abril, diz IBGE

Empregado doméstico e tomate exerceram principais impactos individuais.
Em 12 meses, índice de 6,51% ficou acima do teto da meta de 6,5% do BC.

Do G1, em São Paulo

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerada uma prévia da inflação oficial usada nas metas do governo, teve variação de 0,51% em abril, uma aceleração com relação a taxa de 0,49% do mesmo período em março, de acordo com divulgação desta sexta-feira (19) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março de 2012, a taxa havia ficado em 0,43%.

A taxa em 12 meses é a maior desde dezembro de 2011, quando ficou em 6,56%.

Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 6,51%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,43%) e também acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%. A taxa em 12 meses é a maior desde dezembro de 2011, quando ficou em 6,56%.

Com a alta, o resultado acumulado no ano ficou em 2,58%, bem acima da taxa de 1,87%, relativa a igual período de 2012, diz o instituto.

Doméstico e tomate impactam índice
Os itens empregado doméstico e tomate exerceram os principais impactos individuais no índice do mês, com 0,05 ponto percentual cada.

A variação de preços do tomate subiu de 9,99% para 16,62% em abril.

No caso do item empregado doméstico, a taxa recuou de 1,53% em março para 1,25% em abril. "A redução da variação de preços contribuiu para o grupo Despesas Pessoais (de 0,51% para 0,48%) ficar abaixo do resultado do mês anterior", cita o IBGE.

Alimentos
Mesmo com a alta significativa do preço do tomate, a taxa do grupo alimentação e bebidas desacelerou, de 1,40% em março para 1% em abril. }

O IBGE destaca, contudo, que mesmo com a menor alta, alimentação registrou a maior taxa de grupo no mês.

Dentro dos alimentos, destaques de menor ritmo de alta nos preços são a cenoura (de 24,29% em março para 7,62% em abril), o feijão carioca (de 11,68% para 7,28%), o feijão preto (de 2,31% para 0,31%) e a farinha de mandioca (de 5,72% para 3,44%).

Há ainda itens que tiveram queda no mês, como óleo de soja (de –0,96% para –3,39%), carnes (de –0,62% para –2,58%) e frango (de 1,80% para –2,04%), diz o IBGE.

Desaceleração
Além do empregado doméstico, destaques de taxas menores em abril são: etanol (de 3,89% para 1,35%), condomínio (de 0,62% para 0,51%), gasolina (de 2,34% para –0,20%), automóvel usado (de 0,37% para –0,24%) e telefone fixo (de 0,38% para –0,38%).

Regiões
Entre os índices regionais, o maior foi registrado em Brasília, de 0,74%, em razão, principalmente, da alta de 1,70% nos preços dos alimentos e na taxa de água e esgoto (4,55%), diz o IBGE.

Porto Alegre ficou com o menor índice no mês, de 0,27%.

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