Um dia depois de se reunir com o presidente da Telefônica, César Izuel, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (25), em Nova York, que a declaração do ministro de Comunicações, Paulo Bernardo, de que a empresa espanhola não poderia controlar a TIM e a Vivo no Brasil foi uma “opinião” pessoal e não reflete a posição oficial do governo.
“Houve uma opinião do ministro Paulo Bernardo, não é a opinião oficial do governo brasileiro”, afirmou a presidente.
A Telefônica anunciou que vai aumentar sua participação da Telecom Itália, que no Brasil controla a TIM. Com isso, a empresa, que já controla a operadora Vivo, poderia controlar também a TIM. Em entrevista nesta terça (24), Paulo Bernardo disse que essa concentração não poderia ocorrer porque prejudicaria o mercado.
“Uma empresa [de telefonia] não pode controlar a outra. Elas não podem fazer essa concentração. Seria mais de 50% do mercado [de telefonia celular] na mão de um grupo, e um concorrente a menos no mercado”, disse o ministro.
Indagada sobre a reunião com o presidente da Telefônica, Dilma destacou que quem deve determinar a possibilidade ou não de a empresa controlar duas operadoras é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável por evitar monopólios, cartéis e defender a livre concorrência.