01/08/2013 11h12 - Atualizado em 01/08/2013 11h12

Produção industrial de junho superou expectativas, diz BNDES

'Crescimento revela o estado de confiança da indústria', segundo Coutinho.
Visita do Papa 'afetou um pouquinho' o desempenho do banco em julho.

Lilian QuainoDo G1, no Rio

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, no Inova+ (Foto: Lilian Quaino/G1)Luciano Coutinho (à direita), presidente do BNDES, no Inova+ (Foto: Lilian Quaino/G1)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico, Luciano Coutinho, considerou o crescimento da 1,9% da produção industrial brasileira em junho um pouco acima das expectativas. Em evento da GE sobre inovação nesta quinta-feira (1º), ele disse que, considerando as circunstâncias, foi um bom resultado.

"Foi um mês onde houve um movimento forte da taxa de câmbio, houve maior incerteza no cenário internacional. Esse crescimento revela o estado de confiança da indústria. Planos de produção foram mantidos. O resultado é bom mas é preciso ainda examinar as médias e as tendências", disse.

O presidente disse ainda que deverá anunciar na próxima semana o desempenho do banco, mas já adiantou que o mês de julho ficou um pouco abaixo do planejado por conta da visita do Papa ao país, que resultou em dois feriados.

"Ainda não fechamos os números de julho, mas a visita do Papa afetou um pouquinho, mas não muito. Isso se resolve no mês seguinte", disse.

Sobre as revisões par abaixo do crescimento da economia brasileira em 2013, ele disse que há investimentos que não dependem de conjuntura, têm perfil de longo prazo e correspondem à carência da infraestrutura, em portos, aeroportos e rodovias.

"Esse projetos estruturados de forma coordenada têm a capacidade de gerar um ciclo de investimento em infraestrutura. É a grande tarefa a que o governo está dedicado de forma a estabelecer um processo de subida do investimento", disse.

Ele ressaltou ainda a importância do investidor privado, quando falou sobre as manifestações de junho e julho, que em alguns estados resultaram em revogação de reajustes de tarifas. Coutinho afirmou que o compromisso do governo é inequívoco: honrar os contratos e em nenhuma circunstância ameaçar os compromissos assumidos.

"Alguns governos estaduais que, no calor das circunstâncias adiaram processos, o fizeram com compensação plena. Tem que preservar as regras de equilíbrio e respeitar o investidor privado. Sem o investidor privado participando em concessões ou em PPPs, não poderemos deslanchar um grande ciclo de desenvolvimento", disse.

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