25/09/2013 15h46 - Atualizado em 25/09/2013 16h05

Após retirada do IOF, parcela de estrangeiro na dívida supera R$ 300 bi

Em junho, governo zerou IOF para estrangeiro nas operações de renda fixa.
Em agosto, participação de estrangeiro atingiu 16,2% do total, novo recorde.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Após o governo ter zerado no início de junho o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de investidores estrangeiros em renda fixa no país, a participação dos não residentes na dívida pública interna voltou a subir com mais intensidade e, em agosto, ultrapassou pela primeira vez a marca dos R$ 300 bilhões.

No mês passado, essa participação de estrangeiros somou R$ 307 bilhões (16,23% do total) – novo recorde — de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (25) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Fernando Garrido, a expectativa do governo é de continuidade de crescimento da participação de estrangeiros na dívida pública interna brasileira nos próximos meses.

Ele observou que, em outros países, como México (30%) e nações do leste europeu (mais de 90%), a participação de estrangeiros é maior. "Na média, participação em dívidas de países emergentes é superior à do Brasil", afirmou o representante do Tesouro Nacional.

Em sua visão, não há risco de os investidores venderem os papéis em momentos de nervosismo, e criarem dificuldades para o Tesouro Nacional, uma vez que, ainda segundo ele, são aplicadores de longo prazo.

"A gente atravessou um período de volatilidade e a gente não observou uma saída destes investidores. A gente tem investidores com diversos perfis. São fundos soberanos, fundos de pensão norte-americanos, canadenses, investidores japoneses, latino-americanos. Têm perfis distintos. De maneira geral, é um perfil de investidor de longo prazo", concluiu Garrido.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de