Os países da América Latina crescerão 3% em média, em 2013, segundo estimativa apresentada nesta quarta-feira pela Cepal, que reduziu a projeção de abril (3,5%) devido a uma baixa expansão do Brasil e do México.
"Os países da América Latina e do Caribe crescerão em seu conjunto 3%, taxa similar à registrada no ano anterior", afirma o relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), um organismo técnico das Nações Unidas com sede em Santiago.
Segundo a Cepal, a região tem algumas debilidades que podem resultar em efeitos negativos no curto e no longo prazo. Entre elas, a alta dependência das exportações para a Europa e a China, um aumento no déficit em conta corrente e vulnerabilidade da América do Sul por conta da dependência dos recursos naturais.
"Ainda assim, o crescimento econômico segue muito dependente do consumo, que em 2013 tem mostrado um crescimento menor que o ano anterior, enquanto o peso dos investimentos no PIB será modesto e as exportações brutas terão uma contribuição negativa devido a um aumento maior das importações que das vendas ao exterior", apontou a entidade em nota.
Pelas estimativas do órgão, o Paraguai deve liderar o crescimento da região em 2013, com uma alta de 12,5% no PIB, seguido pelo Panamá (7,5%), Peru (5,9%), Bolívia (5,5%), Nicarágua (5,0%) e Chile (4,6%). O crescimento na Argentina deve ficar em 3,5%, o do México, em 2,8%, e o do Brasil, em 2,5%. A menor expansão entre os países da América Latina, de 1%, deve ser registrada pela Venezuela.
