12/03/2013 07h08 - Atualizado em 12/03/2013 07h09

Projeto de irrigação ajuda produtores de AL a conviver com a seca

Canal do Sertão está em construção há anos.
Primeira fase da obra está sendo testada em Delmiro Gouveia.

Do Globo Rural

Em Olho D´Água do Casado, sertão de Alagoas, o criador Ailton Delgado perdeu 17 animais nos últimos meses. Com os barreiros secos e sem condições de comprar ração, Ailton teme que outros animais tenham o mesmo fim.

A seca prolongada também afeta a produção agrícola. Sem água, João Lucena não consegue plantar.

Cícero Souza também mora no sertão e não passa mais por esta dificuldade. Na propriedade dele, o sorgo, uma planta parecida com um pé de milho, e a cana de açúcar crescem verdinhos. A palma forrageira também foi plantada há poucos dias. O plantio é irrigado e a água está disponível a menos de 20 metros em um canal de concreto chamado de Canal do Sertão.

A propriedade de Cícero foi escolhida para ser a primeira unidade demonstrativa irrigada com água do canal. A água é bombeada até uma caixa e chega nas plantações por gravidade. O sistema de irrigação é por gotejamento.

Depois de 10 anos parada, a obra do Canal do Sertão foi retomada em 2002. De lá para cá, passou por várias paralisações em consequência de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União.

A água do Rio São Francisco, represada pela hidrelétrica de Apolônio Sales, em Paulo Afonso, na Bahia, é captada por uma estação elevatória construída no município de Delmiro Gouveia, em Alagoas. A água é bombeada e segue por gravidade através do canal. Cerca de 30% da obra está pronta. A água foi liberada até o quilômetro 65 no município de Olho D’Água do Casado.

Além da unidade demonstrativa de Cícero, outros moradores aproveitam a água do canal.

A presidente Dilma Rousseff visita nesta terça (12), as obras do Canal do Sertão. A expectativa é que ela anuncie a liberação de recursos suficientes para a conclusão do projeto.

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