SÃO PAULO - Dos dez melhores municípios no quesito educação do IDHM feito no Brasil, 7 estão em São Paulo. A primeira colocada na listagem é a pequena cidade de Águas de São Pedro que, com 2.960 habitantes, administra duas escolas com 796 alunos. Colégios particulares não existem.
O tamanho é um dos segredos para o sucesso educacional do município, admite Silvio César Corrente, secretário de educação municipal. Mas reforços vespertinos e programas que incluem acompanhamento individual com psicólogos e fonoaudiólogos também auxiliam na manutenção da boa qualidade escolar, conta o secretário.
— O grande segredo da educação é a capacitação profissional. Não é necessário ter grandes salas ou luxo, mas sim bons professores, que sejam atualizados constantemente — detalha o secretário.
A melhor colocação dos municípios paulistas se deve basicamente ao ajuste idade e série, promovido pela progressão continuada, e ao reforço do ensino infantil, segundo Maria Helena Guimarães de Castro, diretora executiva da Fundação Seade.:
— Os números de São Paulo na educação realmente são impressionantes. A progressão continuada já comprova que o desempenho melhora quando a criança está na série ideal à sua idade. Mas não é só isso, São Paulo tem um conjunto de medidas que o coloca à frente dos outros.
Educação e longevidade, outro quesito avaliado no IDHM, dependem de políticas públicas. Já renda, o terceiro ponto que entra no índice das Nações Unidas, depende da riqueza, oferta de trabalho e do ciclo econômico municipal, detalha Maria Helena.
— Mas é verdade que, quem tem renda per capita alta, deveria ter bons níveis de educação e altos índices de longevidade. Em São Caetano, por exemplo, é assim: a renda é alta e, consequentemente, a arrecadação também. Eles optam por priorizar o investimento em educação e isso os coloca na liderança do IDH brasileiro.