Na capital paulista, 52% das famílias estavam endividadas em março, um aumento em relação ao mês anterior, que havia registrado percentual de 50,9%, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), divulgado nesta quinta-feira (11). De acordo com a pesquisa, essa é a terceira alta seguida no ano.
O total de famílias endividadas aumentou de 1,826 milhão em fevereiro para 1,865 milhão em março. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o nível de endividamento ficou estável em 52,2%. Nesse período, o número de famílias endividadas era de 1,870 milhão.
"Nos primeiros meses do ano, é esperado que o nível de endividamento das famílias cresça pelo impacto das compras realizadas no fim do ano e o acúmulo de impostos cobrados no primeiro trimestre", disse a Fecomercio, em nota.
O endividamento foi maior entre as famílias de renda mais baixa, proporcionalmente às famílias com rendimento mais alto. No grupo que ganha até dez salários mínimos, o percentual de endividados é de 53,6%. Já nas famílias com renda maior, o endividamento é de 47,3%.
Na análise dos tipos de dívida, a que mais compromete o bolso é a feita com cartão de crédito, feita por 72,2% das famílias analisadas. Em seguida, estão carnês (20,5%), financiamento de carro (18,6%), crédito pessoal (12,9%), financiamento de casa (8,9%) e cheque especial (4,2%).
Neste mês, tiveram destaques, segundo a Fecomercio, financiamento de carro (alta de 6,3%), de casa (aumento de 4,1%) e cartão de crédito (crescimento de 2,7%).
