12/04/2013 11h04 - Atualizado em 12/04/2013 12h08

Candidato do Brasil avança na seleção para diretor da OMC

Disputa segue agora com cinco candidatos.
Nove candidatos se apresentaram para suceder o francês Pascal Lamy.

Do G1, em São Paulo

O número de de candidatos à presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC) foi reduzido para cinco e o brasileiro Roberto Azevêdo segue na disputa, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (12) pela entidade.

A lista inclui agora o mexicano Hermínio Blanco, o neozelandês Tim Groser, o sul-coreano Taeho Bark, a indonésia Mari Pangetsu, única mulher ainda sob consideração, e o brasileiro.

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Roberto Azevedo participa de coletiva de imprensa nesta quinta-feira (31) em Genebra (Foto: Fabrice Coffrin/AFP)Roberto Azevêdo, durante coletiva de imprensa realizada em janeiro em Genebra (Foto: Fabrice Coffrin/AFP)

Nove candidatos se apresentaram para suceder o francês Pascal Lamy, que deixará seu posto no fim de agosto. O novo diretor deve ser nomeado no final de maio.

Saíram da disputa os quatro candidatos que conseguiram menor apoio por parte da consulta feita com os 158 países-membros da OMC: Alan John Kyerematen (Gana), Anabel González (Costa Rica), Amina Mohamed (Quênia) e Ahmad Thougan Hindawi (Jordânia).

Segundo a OMC, a segunda etapa na seleção, durante a qual deverão ser excluídos três dos cinco candidatos, começará no dia 16 e se estenderá até 24 de abril. Para a fase final, ficarão apenas dois candidatos.

O nome do novo diretor será definido até 31 de maio. A escolha ocorre por consenso em negociações entre os países e não por eleição direta.

Lamy, no cargo desde 2005, termina o mandato em setembro. É a segunda vez que o governo brasileiro tenta comandar o órgão. Naquele ano, o Brasil lançou Luiz Felipe de Seixas Corrêa para o posto. Desde sua fundação, em 1995, nunca um brasileiro ocupou a presidência da OMC, responsável por conduzir as rodadas que visam à liberalização do comércio mundial.

Currículo do brasileiro
Azevêdo é diplomata de carreira, tem 55 anos e está no Itamaraty desde 1983.

Em nota divulgada em dezembro, na ocasião do lançamento do nome do diplomata, o Itamaraty destacou que "a candidatura brasileira representa a importância atribuída pelo país ao fortalecimento da OMC e procura contribuir para o progresso institucional da Organização e para o desenvolvimento econômico e social mundial".

O Itamaraty também chamou a atenção para a Rodada de Doha, em que o Brasil negocia para derrubar subsídios agrícolas em países desenvolvidos como forma de dar mais competitividade às mercadorias do país.

No comunicado, o ministério mencionou como objetivos da OMC a "melhoria dos padrões de vida, à garantia do pleno emprego e da renda, à expansão da produção e do comércio de bens e serviços, bem como ao uso dos recursos disponíveis em conformidade com o desenvolvimento sustentável".

A nota também lista as qualificações de Azevêdo para o cargo. Desde 2008, ele é o representante do Brasil no órgão e atua como "negociador-chave". Antes, ocupou diversos cargos relacionados a assuntos econômicos no Ministério das Relações Exteriores, tendo atuado em contenciosos como os casos de Subsídios ao Algodão (iniciado pelo Brasil contra os Estados Unidos), Subsídios à Exportação de Açúcar (iniciado pelo Brasil contra as Comunidades Europeias) e Medidas que Afetam a Importação de Pneus Reformados (litígio iniciado pelas Comunidades Europeias), além de chefiar a delegação brasileira na Rodada Doha.

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