12/04/2013 11h29 - Atualizado em 12/04/2013 11h31

Indústria brasileira não está dormindo, diz assessor do BNDES

Para David Kupfer, seria necessário fazer ‘nascer uma nova indústria’.
Participação da indústria eira no cenário mundial não mudou em 20 anos.

Fabíola GleniaDo G1,em São Paulo

A indústria brasileira enfrenta uma “rigidez estrutural” e se, por um lado, não está “hibernando”, precisaria passar por um “processo de transformação produtiva bastante profunda” se quiser se tornar competitiva, na opinião do assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), David Kupfer.

“Temos que pensar em condições não para despertar uma indústria que está dormindo (...). A gente precisa fazer nascer uma indústria nova”, disse, durante o seminário “Rumos da Economia: Nosso Modelo de Crescimento”, realizado em São Paulo, nesta sexta-feira (12).

Para Kupfer, o Brasil ainda produz as mesmas coisas, quase da mesma forma que fazia 20 anos atrás. “Se colocar a indústria brasileira em comparação internacional vamos verificar que várias formações industriais mundo afora ganharam muita musculatura. A chinesa é o maior exemplo, mas não o único, e a indústria brasileira não percorreu o movimento com pujança semelhante”, afirmou.

De acordo com ele, embora não seja exatamente correto dizer que a indústria brasileira perdeu espaço, os dados mais recentes indicam que o Brasil está “exatamente no mesmo lugar”.

“Tínhamos 1,8% do valor adicionado industrial mundial há 20 anos, e temos entre 1,7% a 1,8% hoje, praticamente não mudamos esta inserção.”

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