19/06/2013 13h26 - Atualizado em 19/06/2013 13h26

Secretário de Transportes explica como é feita a divisão da passagem

Segundo Jilmar Tatto, 70% dos R$ 3,20 são os passageiros que pagam.
Prefeito Fernando Haddad (PT) falou da possibilidade de baixar as tarifas.

Do G1 São Paulo

Em meio a uma série de protestos contra o aumento nas tarifas do transporte público, o secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, explicou na terça-feira (18) como é a divisão da passagem de ônibus na capital paulista. Segundo o secretário, 70% dos R$ 3,20 são os passageiros que pagam; 10% do valor da passagem são custeados pelos empresários do setor e 20% pelo poder público, ou seja, pela Prefeitura através de subsídios.

Na terça, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), se reuniu com representantes do Movimento Passe Livre. Durante reunião extraordinária do Conselho da Cidade, Haddad admitiu pela primeira vez rever o valor da tarifa dos ônibus. "Se as pessoas me ajudarem a tomar uma decisão nessa direção [redução da tarifa], eu vou me subordinar à vontade das pessoas porque eu sou prefeito da cidade, para fazer o que a cidade quer que eu faça", afirmou.

Haddad explicou, durante reunião extraordinária do Conselho da Cidade, que precisaria aumentar o subsídio pago às empresas de transporte coletivo. Atualmente, ele é de R$ 1,4 bilhão ao ano. Se o valor da tarifa fosse reduzido este ano, seriam necessários mais R$ 1,2 bilhão. Segundo estimativa do prefeito, em 2016 o governo municipal pagaria R$ 2,7 bilhões se a tarifa fosse congelada em R$ 3, como exigem os manifestantes. De acordo com a estimativa da prefeitura, seriam gastos R$ 8 bilhões em subsídios até 2016.

Segundo Haddad, esse aumento pode trazer prejuízos a outros serviços públicos. “Eu vou ter que explicar para a cidade que são R$ 2,7 bilhões que eu vou ter que arrumar. Apresentei nesse conselho um programa de metas que está aprovado no Orçamento”, disse o prefeito.

Protesto
A polícia deteve quase 70 pessoas durante o sexto protesto contra o aumento das tarifas do transporte público, ocorrido nesta terça. Parte dos manifestantes tentou invadir o prédio da Prefeitura e houve furtos e depredações em 18 lojas e seis agências bancárias. Ao todo, 47 maiores e cinco menores foram detidos na manifestação no Centro da capital. Na região da Avenida Paulista, o número foi menor: 14 maiores e três menores detidos. A manifestação aconteceu pacificamente em outros pontos da cidade.
 

 

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