A cada safra, o grupo móvel de fiscalização rural do Ministério do Trabalho vai à região saber como os apanhadores estão sendo tratados no campo. Quase sempre encontram irregularidades.
Uma das fazendas fiscalizadas tem 500 mil pés de café e trouxe turmas da Bahia para ajudar na colheita.
É obrigação do patrão oferecer equipamentos de segurança, como botas, luvas, óculos, mas na prática, não é o que acontece. Para alguns, o risco na colheita é ainda maior por causa dos terrenos íngremes.
Em um dos alojamentos, a situação era crítica. Botijões de gás foram encontrados dentro de casa e fios elétricos em lugares que podem causar incêndio.
O dono da fazenda vai ter que arrumar outro lugar para os trabalhadores e diante de tantas irregularidades, além das multas, o fazendeiro pode ter mais prejuízo: outra medida tomada pelos fiscais foi interditar a colheita.
Denis Figueiredo, dono da propriedade, informa que já comprou todos os equipamentos de proteção individual necessários, entre eles, cintos de segurança para a colheita em terrenos mais íngremes.