Economia

OGX anuncia que três campos são inviáveis

Este era o único campo em atividade, com produção de 6,8 mil barris de óleo por dia no mês de maio

Plataforma da OGX na Bacia de Campos
Foto: Divulgação
Plataforma da OGX na Bacia de Campos Foto: Divulgação

SÃO PAULO - Os poços da petroleira OGX, de Eike Batista, atualmente em operação no campo de Tubarão Azul não terão sua produção aumentada e poderão parar de produzir ao longo de 2014, informou nesta segunda-feira a empresa, em comunicado ao mercado. Este era o único campo em atividade, com produção de 6,8 mil barris de óleo por dia no mês de maio, último dado disponível. Logo após a abertura do mercado, por volta das 10h30, as ações da OGX caíam mais de 30%.

Segundo a empresa, o aluguel pelo afretamento do FPSO OSX-1, plataforma conectada ao campo de Tubarão Azul, continuará a ser pago à OSX. A companhia submeterá a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma revisão do Plano de Desenvolvimento com base nas conclusões resultantes da referida análise. Outros três campos, que começariam a produção nos próximos meses, terão o cronograma interrompido.

“A companhia concluiu que não existe, no momento, tecnologia capaz de tornar economicamente viável o desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia”, afirma o documento.

A OGX reiterou que o campo de Tubarão Martelo continuará a ser desenvolvido normalmente, com primeiro óleo previsto para o 4º trimestre de 2013, conforme cronograma já divulgado. As unidades FPSO OSX-3 e WHP-2 que serão instaladas nesse campo terão o prazo do contrato de afretamento ajustado de forma a dar para a OGX o direito de terminar os contratos sem ônus a partir do 13º e 12º anos, respectivamente. Tal modificação do contrato de afretamento do FPSO OSX-3 somente entrará em vigor após a amortização total pela OSX do financiamento contraído pela mesma para construção da unidade, previsto para 2015.

Há duas semanas, os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda), Rodolpho Tourinho Neto (Minas e Energia) e Ellen Gracie (Supremo Tribunal Federal) deixaram o Conselho de Administração da OGX. Os três conselheiros eram independentes. O grupo pode ter entre cinco e treze membros, no momento, conta com seis. A empresa teve prejuízo de R$ 804,6 milhões no primeiro trimestre deste ano, quase três vezes superior ao registrado do mesmo período do ano anterior.