A palma forrageira tem alta produtividade mesmo em condições climáticas extremas. Criadores de ovinos e caprinos de Quixadá, no sertão central, colhem 400 toneladas da planta em apenas um hectare, quantidade suficiente para alimentar até 120 animais por seis meses.
Com a palma forrageira, além de alimentar o rebanho, os criadores praticamente conseguem satisfazer a necessidade de água dos animais. A palma é formada por 90% de água, que não evapora com o sol.
As raquetes são trituradas antes de irem para o cocho. Alguns criadores complementam a alimentação com milho e soja, mas a palma tem se mostrado a melhor opção para o semiárido.
O problema é que não é tão fácil produzir a planta. As dificuldades começam pelo alto custo do plantio. O criador Francisco Saraiva tem quase 300 ovinos de corte, mas dois anos de seca deixaram tudo mais difícil. “A palma dá um suporte durante os períodos de seca e de chuva. Infelizmente, está com dois anos que não chove. Uma parte da plantação continua viva e dá uma produtividade de 400 toneladas por hectare/ano”, diz.
Em Banabuiu, a 30 quilômetros de Quixadá, o criador Beto Macário faz a irrigação de um hectare de palma com o que sobrou do açude da propriedade.
Os brotos e os frutos da palma também podem ser usados na alimentação humana. A planta é bastante aproveitada, por exemplo, na culinária mexicana.