A Intel, maior fabricante de chips do mundo, faturou US$ 12,6 bilhões no primeiro trimestre de 2013, 2,4% menor do resultado registrado entre janeiro e março de 2012, de US$ 12,9 bilhões, mas dentro das expectativas. A empresa apresentou seus resultados financeiros nesta terça-feira (16).
De acordo com a Reuters, analistas aguardavam receita de US$ 12,58 bilhões. Para o segundo trimestre, projetam US$ 12,85 bilhões. A companhia é um pouco mais otimista e espera receita de US$ 12,9 bilhões no trimestre fechado em junho.
No primeiro trimestre, a companhia teve lucro líquido de US$ 2,04 bilhões, o equivalente a US$ 0,40 por ação. O valor representa uma queda ante os US$ 2,74 bilhões do mesmo período de 2012, ou US$ 0,55 por ação. Apesar da queda, analistas previam lucro de US$ 0,41 por ação.
A notícia foi bem recebida pelo mercado. Os papéis da Intel subiram 0,5% no pós-pregão, após fechar com alta de 2,5%, a US$ 21,91.
A Intel reduziu os gastos planejados para enquadrar sua receita para o segundo trimestre dentro das expectativas. A indústria de computadores pessoais enfrenta queda nas vendas devido à perda de espaço para tablets e smartphones.
Tablets x PCs
Juntamente das fabricantes de computadores, a Intel possui dificuldade para impedir um declínio nos lançamentos à medida que consumidores preferem comprar aparelhos móveis mais ágeis a novos laptops.
Apesar disso, a Intel manteve sua estimativa anterior de que a receita vai registrar um modesto crescimento de um dígito percentual neste ano.
"Esses números não são muito sólidos, mas a estimativa para o segundo trimestre é melhor do que a que temíamos. As condições provavelmente não são tão ruins quanto sugeriram os relatórios da indústria recentemente", disse o analista Doug Freedman, do RBC Capital.
Sob pressão, a Intel também disse em seu relatório trimestral nesta terça-feira que vai reduzir o investimento em 2013 de US$ 13 bilhões para US$ 12 bilhões.
Analistas acreditam que a meta de faturamento está cada vez mais distante. "Isso me assusta bastante. Eles estão mantendo a mesma projeção ultra-otimista que fizeram antes", disse o analista Stacy Rasgon, do Bernstein Research. "Eles estão presumivelmente bastante otimistas sobre os novos produtos que planejam."