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Por Maria Eduarda Chagas; Para O TechTudo


O Brasil conquistou a quarta colocação em uma das principais competições de robótica do mundo, a RoboGames 2013, e ficou na frente, inclusive, do Japão e da França. Pela primeira vez, o país conseguiu nove medalhas de ouro. O evento ocorreu entre os dias 19 e 21 de abril, em San Mateo, Califórnia, e contou com a participação de mais de 200 equipes de 16 países.

Alunos da RioBotz após conquistarem o ouro com o robô Touro (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: TechTudo
Alunos da RioBotz após conquistarem o ouro com o robô Touro (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: TechTudo

O time da PUC-Rio, chamado de RioBotz, foi o grande vencedor brasileiro da competição e garantiu seis medalhas de ouro e uma de prata. Marco Antonio Meggiolaro, coordenador do grupo e professor do Departamento de Engenharia Mecânica da universidade, fundou a equipe de robótica em 2003. “Estamos muito felizes, porque estamos completando 10 anos e foi um presente esse sucesso na RoboGames”, afirmou.

O destaque da RioBotz este ano foi o robô Psy Volt. Estreante na competição, ele ficou no topo do pódio na categoria FreeStyle de humanoides, com uma performance bem curiosa que misturou vários ritmos, do samba ao hit Gangnam Style. Confira um vídeo da apresentação do robô, divulgado na página do professor no YouTube:

O veterano Touro foi tricampeão na categoria combate de peso médio, de aproximadamente 55 Kg. Ele já havia conquistado o ouro em 2007 e 2011. A equipe foi vencedora ainda com o robô C3D4, aparelho de Sumô Rádio Controlado, e com o humanoide Spider Volt, também vitorioso no sumô.

Além disso, a RioBotz conquistou as duas medalhas douradas para os robôs do estilo BEAN, movidos a energia solar. O Apollo foi o mais rápido e venceu a corrida na categoria Speedere e o Invictus foi o campeão na tarefa que consistia em desviar de obstáculos para chegar a uma fonte de luz. O desenvolvimento destes modelos é importante para estudos com energia limpa. “A utilidade desses robôs é estudar como aproveitar a energia solar para mover veículos”, explica Meggiolaro.

Equipe da Universidade Federal de Itajubá no aeroporto após a RoboGames 2013 (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: TechTudo
Equipe da Universidade Federal de Itajubá no aeroporto após a RoboGames 2013 (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: TechTudo

A equipe de robótica da Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, também conseguiu um ouro para o Brasil, com o Federal M.T., vencedor na categoria de combate entre aparelhos com cerca de 27 Kgs.

Helton Franco, de 21 anos, é aluno do curso de Engenharia da Computação e atual capitão da equipe chamada Uai!rrior. Ele explica que o robô é capaz de causar muitos danos à estrutura do adversário, com discos de impacto que giram a até 5 mil RPM (rotações por minuto). “Sua estrutura foi totalmente construída com alumínio aeronáutico 7075, material leve, mas que tem muita resistência mecânica”, complementa.

O Instituto Mauá de Tecnologia,  de São Paulo, também trouxe uma medalha dourada. O robô Chuck Norris foi o vencedor na categoria Sumô Lego. Desenvolvido em 2009, ele já obteve o primeiro lugar em cinco campeonatos nacionais. A equipe Kimauánisso ainda conquistou a prata com o aparelho Joninhas, também em Sumô Lego.

Estudantes do Ensino Médio conquistaram medalha de ouro

As vitórias do Brasil não pararam por aí. Estudantes do Colégio Cândido Portinari, de Salvador, conquistaram uma medalha de ouro e outra de prata com o CIC Robotics, na categoria Futebol Lego. Os alunos do time vencedor têm entre 15 e 18 anos e foram à RoboGames pela primeira vez este ano.

Alunos do Colégio Cândido Portinari participaram da competição nos EUA (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: TechTudo
Alunos do Colégio Cândido Portinari participaram da competição nos EUA (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: TechTudo

O colégio ainda enviou estudantes do Ensino Fundamental ao campeonato. Com idades entre 12 e 14 anos, eles desenvolveram um robô para a categoria Sumô Lego e conseguiram ficar em sétimo lugar na competição, que envolveu 20 equipes.

O projeto de robótica do colégio foi criado em 2004 e é coordenado pelo professor Fábio Ferreira. Para ele, a maior gratificação de seu trabalho é ver como ele contribui para a vida acadêmica e profissional dos jovens. “É muito bom ver alunos participando de projetos como o Ciência sem Fronteiras, se destacando em pesquisas nas universidades e empreendendo e desenvolvendo negócios”, garante.

A Coordenadora de Cursos Livres da escola, Milene Cedraz, acrescenta que a participação em uma competição internacional é um aprendizado incrível. “Além de os alunos conhecerem outras formas de trabalhar com a tecnologia, ainda têm a troca com outras culturas”.

Veja abaixo o quadro de medalhas da competição:

Brasil ficou na quarta colocação, mas foi o segundo país em número de medalhas (Foto: Divulgação) — Foto: TechTudo
Brasil ficou na quarta colocação, mas foi o segundo país em número de medalhas (Foto: Divulgação) — Foto: TechTudo

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