01/05/2013 06h20 - Atualizado em 01/05/2013 06h54

Agricultores recebem ajuda para enfrentar períodos de seca na PB

Estado distribui variedade de palma resistente à cochonilha do carmim.
Palma é entregue gratuitamente para os agricultores familiares.

Do Globo Rural

O criador José Bezerra Filho reservou uma área de aproximadamente três hectares do sítio em São José do Bonfim, no sertão paraibano, para o plantio de uma palma resistente à cochonilha do carmim, principal praga que ataca a planta. A palma do tipo orelha de elefante foi desenvolvida pela Emepa, Empresa Estadual de Pesquisa da Paraíba.

“Nesse campo nós estamos com uma produtividade de cerca de 400 a 450 toneladas por hectare, quantidade suficiente para alimentar um rebanho bovino durante um período de escassez de 240 dias, em torno de oito meses. Uma área de um hectare é capaz de alimentar em torno de 30 animais bovinos e em torno de 250 animais caprinos e ovinos”, diz Bezerra Filho.

A cochonilha do carmim é um pequeno inseto de origem mexicana que se alimenta da seiva e mata a planta rapidamente. A praga já causou mais de R$ 500 milhões em prejuízos só na Paraíba. O ataque também causa problemas para os pequenos criadores que contam com a planta para alimentar os rebanhos no período de seca.

Por causa da importância da palma para os pequenos criadores, o governo do estado da Paraíba está distribuindo mudas, também chamadas de raquetes, para o plantio. Serão mais de quatro milhões de raquetes de palma resistente à cochonilha do carmim. Oitocentas mil estão sendo entregues no sertão do estado.

O criador Joaquim de Souza irá plantar no próximo ano a palma que servirá de alimento para o gado. “Já perdi 70 reis de fome. Agora, é pensar no futuro para ver se dá uma ajuda”, diz.

Cada produtor foi beneficiado com cinco mil raquetes. A previsão é que no segundo semestre deste ano, mais 10 milhões de raquetes de palma sejam distribuídos na Paraíba. A palma é entregue gratuitamente para os agricultores familiares do estado.

O diretor técnico da Emater na Paraíba Erasmo Lucena conta que há grandes produtores investindo comercialmente na palma. “Dependendo da quantidade de gado, pode vender o excedente. Temos produtor que já vendeu esse ano mais de dois milhões de raquetes e ganhou mais de R$ 1 milhão”, diz.

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