14/08/2013 11h02 - Atualizado em 14/08/2013 11h11

Lobão diz que não tem previsão para aumento dos combustíveis

Ministro disse que não há reunião marcada para tratar do reajuste.
Na terça (13), Lobão afirmou que governo estudava pedido da Petrobras.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (14) que ainda não há previsão de quando o governo deve autorizar um novo aumento no preço dos combustíveis. Ele também disse que não está prevista nenhuma reunião nos próximos dias para discutir esse assunto.

Após participar do lançamento de um certificado de uso de energia renovável, em Brasília, Lobão foi questionado por jornalistas se já tem previsão de quando o aumento dos combustíveis pode acontecer e se o governo tem marcada alguma reunião para discutir o assunto. Para as duas perguntas, respondeu apenas: “não.”

Pedido da Petrobras
No dia anterior, Lobão havia dito que o governo avalia pedido da Petrobras sobre reajuste de preços de combustíveis, mas que isso não significava que a reivindicação da estatal seria atendida pelo seu controlador.

"A Petrobras está permanentemente pedindo aumentos de seus preços, até porque estão defasados há muitos anos. Mas isso não significa que se vá acordar (sobre o assunto)", afirmou Lobão. Ele disse ainda que o governo está avaliando a situação.

"Vamos examinar pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho e pelo Ministério de Minas e Energia", completou. "Nós não estamos dizendo que se vai atender a reivindicação da Petrobras, estamos examinando."

A preocupação do governo é com o impacto de eventuais aumentos de preços de combustíveis para a inflação. "Nenhum aumento de preço é bom", comentou Lobão.

Na segunda-feira, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a estatal busca "intensamente alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos internacionais".

Após a valorização do dólar frente ao real, a Petrobras teve anulados os efeitos dos reajustes de combustíveis realizados no ano passado e no início deste ano. E a empresa continua vendendo combustíveis no Brasil a preços inferiores aos do mercado externo.

Aumentos
Desde 2012, a Petrobras já elevou por duas vezes o preço da gasolina e quatro o preço do diesel nas refinarias. No fim de junho daquele ano, a gasolina teve aumento de 7,83%, e o diesel, de 3,94%. Na ocasião, no entanto, o Ministério da Fazenda isentou a comercialização destes combustíveis da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), mantendo os preços estáveis aos consumidores finais.

No mês seguinte, o diesel voltou a sofrer reajuste, de 6% nas refinarias. Em janeiro deste ano, houve novo aumento, desta vez de 5,4% no diesel e de 6,6% na gasolina. Em março, o diesel voltou a ter seu preço reajustado nas refinarias, em 5%.

Após a última alta, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, disse que não havia previsão para novos reajustes este ano. A alta do dólar, no entanto, pressiona as contas da Petrobras. A estatal tem exportado menos e importado mais, aumentando o impacto negativo do câmbio.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de