Edição do dia 06/05/2013

06/05/2013 14h18 - Atualizado em 06/05/2013 14h18

Bandido assalta passageiros e estupra mulher em ônibus no RJ

Uma das vítimas foi obrigada a recolher dinheiro, relógios e celulares.
Durante toda ação o ônibus permaneceu em movimento.

André TrigueiroRio de Janeiro

A mulher que foi estuprada por um assaltante dentro de um ônibus, no Rio de Janeiro, falou hoje pela primeira vez sobre o crime.

O motorista foi obrigado a continuar dirigindo e os passageiros assistiram a tudo, sem poder reagir.

"Ele deitou, em cima de mim começou a puxar meu cabelo, colocou a arma na minha cabeça, entendeu? Aí ele mandou abrir a boca. Colocou a arma dentro da minha boca, eu abri, ele falou: abre mais, abre mais", conta a vítima.

A passageira vítima do estupro não consegue mais andar de ônibus no Rio. "Tô muito chocada com tudo o que está acontecendo, por ter uma filha mulher, por isso estou aqui hoje, para que isso não aconteça mais".

O crime aconteceu na última sexta-feira em plena luz do dia, na Avenida Brasil, uma das mais movimentadas da cidade, dentro de um ônibus.

Passageiros contaram que o bandido - um jovem de cerca de 20 anos - tirou uma arma da mochila e anunciou o assalto. Depois separou os passageiros. Mandou os homens ficarem na parte de trás e as mulheres na frente. Ele obrigou uma das vítimas a recolher dinheiro, relógios e celulares.

Durante toda ação, o ônibus permaneceu em movimento. Depois do assalto, o bandido estuprou a  passageira.

"E deu uma coronhada nela, na cabeça dela", conta uma testemunha.A cena foi vista por todos.Cerca de dez passageiros. "Toda hora ele ameaçava a gente, toda hora, ele falava q ia matar a gente dentro do ônibus se a gente reagisse".

O bandido desceu próximo na Avenida Brasil, na zona portuária. o motorista e os passageiros seguiram para a delegacia.

Toda a movimentação do criminoso foi registrada pela câmera instalada dentro do ônibus. A polícia informou hoje que a gravação já foi analisada. As imagens são nítidas e, segundo os investigadores, permitem a identificação do estuprador, e não há  necessidade de um retrato falado.