05/09/2013 09h35 - Atualizado em 05/09/2013 09h52

BC vê queda maior no preço da energia e alta para o gás de cozinha

Expectativa para o preço da gasolina foi mantida em 5% de alta neste ano.
No início de 2013, Petrobras já autorizou um reajuste no combustível.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou nesta quinta-feira (5), por meio da ata de sua última reunião, que a estimativa de queda no preço da energia elétrica, no acumulado deste ano, passou de 15% para 16%.

A queda do preço da energia elétrica está relacionada com a desoneração anunciada pelo governo neste ano e, também, com as revisões tarifárias anuais.

"Essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano", informou a autoridade monetária no documento.

Gás de cozinha e telefonia fixa
Ao mesmo tempo, porém, o Banco Central também passou a prever um crescimento de 2,5% no preço do gás de cozinha em 2013. Em julho, a instituição informava não esperar alta nos preços em 2013.

De acordo com a autoridade monetária, o preço da tarifa de telefonia fixa, por sua vez, deverá ter um recuo menor neste ano. Em julho, o BC estimava uma queda de 2% em 2013. Na ata divulgada nesta quinta, porém, passou a projetar uma diminuição menor, de 1%.

Gasolina
Já a projeção de reajuste no preço da gasolina, para o acumulado de 2013, foi mantida em 5%, mesmo valor considerado na reunião do Copom de julho. No fim de janeiro, a Petrobras anunciou um reajuste de 6,6% para a gasolina nas refinarias.

Com a alta do dólar e do preço do petróleo no mercado externo, que pressionam os custos da Petrobras e impactam sua capacidade de investimentos, crescem os rumores de que o governo poderá autorizar um novo reajuste na gasolina ainda neste ano.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que todo ano tem reajuste no preço da gasolina. "Todo ano têm reajustes. Pode ter um, dois, três. Não tem nada a ver com a questão do câmbio [alta do dólar]", afirmou o ministro na ocasião. Ele também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Questionado se o governo implementaria ainda neste ano um novo reajuste na gasolina, ele não foi claro. "Não está dito que não vamos fazer, mas não está previsto. Existe um critério e uma metodologia. Os reajustes não se dão imediatamente quando muda o preço internacional [do petróleo]. Há muito tempo é assim e terá o mesmo comportamento ao longo do tempo. Não estou anunciando nem que vai ter e nem que não vai ter", afirmou Mantega na última semana.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de