13/05/2013 16h48 - Atualizado em 13/05/2013 17h05

Para Dilma, investimento privado nos portos gera competição e eficiência

Câmara tem sessão extra para votar MP dos Portos nesta segunda-feira.
Dilma participou de evento com empresários brasileiros e alemães.

Priscilla Mendes e Roney DomingosDo G1, em Brasília e em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (13) que a medida provisória que estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário brasileiro, a chamada MP dos Portos, vai abrir o setor ao investimento privado e gerar “competição, maior eficiência e modicidade nos custos”.

A Câmara dos Deputados terá uma sessão extraordinária às 18h desta segunda-feira para tentar votar a MP dos Portos. No entanto, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que o “quadro” de votação da MP dos Portos “não é fácil”, já que a oposição e o PMDB, maior partido da base aliada, anunciaram obstrução. O texto ainda terá de passar pela aprovação do Senado, mas perderá a validade nesta quinta-feira (16).

O que é a MP dos Portos

A medida provisória  595/2012, conhecida como MP dos Portos, estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos.  Leia mais

 Em um evento de empresários brasileiros e alemães, em São Paulo, Dilma afirmou que a ampliação da infraestrutura é “crucial” para a ampliação da competitividade do país. Antes, a presidente teve uma reunião bilateral com o presidente da Alemanha, Joachim Gauck.

“Nós hoje estamos numa momento importante que é a votação da MP dos Portos, que em por objetivo abrir os portos brasileiros ao investimento privado gerando competição, maior eficiência e modicidade nos custos”, declarou no discurso de abertura do Encontro Econômico Brasil-Alemanha.

O governo trabalha para que a medida seja votada ainda nesta segunda-feira, de acordo com o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino. Ele foi um dos ministros chamados pela chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir o tema nesta manhã e tentar garantir a aprovação do texto.

“Nós confiamos no Congresso Nacional. O governo não tem plano B ou C. Vamos confiar até o último minuto”, disse Cristino após reunião no Palácio do Planalto.

Na semana passada, Dilma chegou a fazer um “apelo” ao Congresso Nacional. “Meu apelo é que o Congresso Nacional faça um esforço no tempo que resta para aprovar essa que é uma das medidas estratégicas para o país”, disse a presidente na última quinta-feira (9) durante evento no Palácio do Planalto.

Em discurso na tarde desta segunda-feira, Dilma disse que país está buscando elevar a competitividade das empresas brasileiras e “criar um ambiente mais amigável para os negócios”. “O governo vem tomando diversas medidas para diminuir os gargalos”, disse a presidente, que destacou a participação de empresas alemãs nas concessões da área de infraestrutura no Brasil.

“Gostaria de destacar algo que mostra a enormidade das oportunidades que o Brasil abre, principalmente quando se trata da ampliação de um gargalo, que é a ampliação da infraestrutura, crucial para a ampliação da nossa competitividade, mas sem sombra de dúvida um segmento que mostra enormes oportunidades”, afirmou.

Crise econômica
De acordo com dados apresentados pela presidente, o Brasil é o maior parceiro comercial da Alemanha na América Latina. Dilma afirmou que o fluxo entre os dois países em 2012 foi de US$ 21 bilhões, montante que triplicou em dez anos.

A “bem sucedida” integração entre Brasil e Alemanha, segundo disse, “não pode ocultar, porém, os riscos resultantes da crise econômico-financeira internacional”.

“Ninguém está a salvo de seus efeitos nefastos. A crise só será superada por meio de mais cooperação e por meio de políticas de desenvolvimento que enfatizem o crescimento inclusivo e o aumento da competitividade”, declarou.

 

 

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