06/09/2013 06h44 - Atualizado em 06/09/2013 07h16

Laboratórios trabalham na produção de flores cada vez mais atraentes

Variedades de flores disponíveis para o consumidor crescem a cada ano.
São novas cores, formatos e perfumes que saem dos laboratórios.

Do Globo Rural

As tulipas colorem a paisagem na Holanda e são cultivadas à céu aberto, em campos extensos. Nos parques, elas se destacam entre milhões de flores. Nas fazendas, contornam de beleza uma das principais atividades agrícolas dos Países Baixos.

A produção é das mais variadas espécies com orquídeas asiáticas e gérberas africanas. Mas como tudo isso é possível em um lugar de clima frio e terras pouco férteis?

A explicação está nas estufas. Elas conseguem reproduzir as mesmas condições do país de origem da flor como iluminação, umidade do ar e temperatura.

Enquanto fora faz 7ºC, 8ºC, a temperatura interna passa facilmente dos 30ºC. A estrutura coberta de vidro deixa o sol entrar à vontade, mas mantém o ar interno aquecido. O espanhol Javier Rodriguez trabalha no controle de qualidade em uma estufa de melhoramento e conta que estranhou a diferença quando chegou por lá.

Em uma produtora de orquídeas, todas as mudas são feitas manualmente, mas depois que são colocadas na estufa, tudo é automatizado. O gerente, Jacs Van Der Weijden, que já trabalhou com flores no Brasil, conta que isso diminui o risco de doenças e aumenta a qualidade.

A temperatura é controlada por um sistema que usa água quente armazenada no subsolo. A tubulação é subterrânea. A água passa por uma rede de radiadores espalhados pela estufa e serve para esquentar o ar em dias mais frios.

A Holanda é também o berço do melhoramento de flores. Os "breeders", criadores na tradução do inglês, se dedicam a criar variedades maiores, mais resistentes, produtivas e bonitas, mas de cada seis mil cruzamentos, apenas um vai ser aceito pelo mercado.

O Brasil não fica atrás quando o assunto é tecnologia. No pólo de flores de Holambra, as mudas melhoradas na Europa são multiplicadas em laboratório. Em um canteiro moderno não há sol, nem chuva. As mudas crescem e se desenvolvem sob a luz da ciência.

Quem cultiva usa máscara, jaleco e luva.

A nova arte de plantar surpreende. As plantas ficam em recipientes fechados até o momento de irem para a terra. O resultado de tanto trabalho pode ser visto no campo, em cores, formas e oportunidades.

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