15/05/2013 11h36 - Atualizado em 15/05/2013 11h41

Páscoa aqueceu comércio em março em relação a 2012, mostra IBGE

Varejo registrou alta de 4,5% na comparação com ano passado.
Supermercados avançaram 4% e lojas de departamento 14,9%.

Lilian QuainoDo G1, no Rio

Vendas do varejo (Foto: Editoria de Arte/G1)

As vendas do comércio varejista no país em março tiveram alta de 4,5% na relação com igual mês de 2012, o que mostra que a Páscoa de 2013 impactou o índice de forma positiva. As vendas em hiper e supermercados tiveram aumento de 4% em relação a março de 2012, e na mesma comparação houve um avanço de 14,9% nas vendas em lojas de departamentos, que também vendem chocolates.

Os dois setores somam 77,8% da formação do avanço de 4,5% no comércio em março, na comparação com o ano passado.

Mas em relação a fevereiro,  que marcou um recuou de 0,5%, o varejo em março mostrou leve melhora, embora a taxa ainda esteja negativa: -0,1%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (15). Para Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, a leve melhora no varejo reflete a conjuntura macroeconômica que tem garantido a melhora da renda do trabalhador, e a estabilidade de emprego.

O segmento de vestuário mostra sinais de recuperação nas vendas (3,9%) em relação a fevereiro e na comparação com março de 2012 (5,9%). Segundo Aleciana Gusmão, técnica do IBGE, a melhora se deve à entrada da nova coleção outono-inverno, que dá início às liquidações da coleção anterior.

Na análise do varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, a redução do IPI dos automóveis continua puxando o varejo. Em março, a venda de automóveis teve alta de 1,9% na comparação com fevereiro e de 1,2% em relação a março do ano passado.

Um segmento em queda é o de equipamentos e material para escritório, que incluem computadores e celulares: -5,2% em março contra fevereiro e -2,2% perante março do ano passado.  Para Pereira, as famílias já incorporaram esses itens a seus hábitos de consumo. 

“O que a gente percebe é que pode ter havido uma acomodação da demanda. O que o consumidor vai fazer daqui para frente é trocar de aparelho, mas antes tem que pensar duas vezes porque o orçamento doméstico está comprometido com alimentação”, disse o economista, referindo-se à inflação de 15% nos alimentos em 12 meses, acima da inflação geral de 6,5%.

tópicos:
veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de