Campos. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
O Ministério Público do Trabalho de São José dos Campos se manifestou sobre o pedido do Sindicato dos Metalúrgicos para a redmissão de parte dos operários demitidos pela GM em março. A montadora deve reintegrar um grupo de 27 trabalhadores - formado por profissionais lesionados ou em fase de pré-aposentadoria. Desde as 598 demissões, após o layoff, a empresa reincorporou um total de 43 operários.
O despacho da procuradora Ana Faria Hirano é da última segunda-feira (13) e considerou inicialmente a análise de 50 casos considerados emergenciais pelo sindicato.
Destes casos reavaliados pela montadora e acompanhados pelo MP, sete são casos de pré aposentadoria e 20 são profissionais lesionados. A data para o retorno deles não foi definida no despacho. Cerca de 100 demitidos, segundo o sindicato em situação de estabilidade, ainda aguardam manifestação da GM e do Ministério Público do Trabalho.
O primeiro grupo de readmitidos foi de 16 funcionários. Eles retornaram ao trabalho na última semana de abril.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, foi feita a homologação de 380 dos 598 funcionários demitidos entre os dias 6 e 14 de maio.
Ao todo, segundo a entidade, cerca 100 dos 598 demitidos teriam que ser readmitidos por terem estabilidade - o grupo corresponde a 20% do total de demissões.
O presidente da entidade, Antônio Ferreira de Barros 'Macapá', o retorno dos pedidos de reintegração têm sido positivo. "Apesar de não ser o que queríamos, que seria a reintegração de todos, os funcionários que comprovaram a estabilidade estão retornando", disse ao G1.
Expectativa
Ex-funcionário da GM, que preferiu não ser identificado, aguarda o retorno do sindicato a respeito das readmissões. Vítima de acidente de trabalho e com uma hérnia de disco, segundo ele causadas pela atividade que exercia na montadora, onde trabalhou por 18 anos, a homologação ainda não foi feita.
"Fui fazer a homologação ontem (terça) e esses problemas foram identificados. Por isso, a homologação não foi feita e devo aguardar até o fim desde mês para análise do meu caso. Eu achava que não tinha mais como reverter a situação, mas agora estou com esperança", disse.
A assessoria de imprensa da GM foi procurada na tarde desta quarta-feira (15), mas preferiu não comentar o retorno de parte dos operários demitidos para a planta de São José dos Campos.