Economia

Com Olimpíadas, Reino Unido recebeu US$ 3,9 bi em investimentos

Projetos geraram 31 mil empregos na economia do país

Em 2012, quase 1.500 grandes projetos de investimentos aconteceram em Londres na esteira dos Jogos Olímpicos, disse o primeiro-ministro David Cameron
Foto: Adrian Dennis
Em 2012, quase 1.500 grandes projetos de investimentos aconteceram em Londres na esteira dos Jogos Olímpicos, disse o primeiro-ministro David Cameron Foto: Adrian Dennis

LONDRES - As Olimpíadas impulsionaram os investimentos estrangeiros diretos no Reino Unido em nada menos que 2,5 bilhões de libras (cerca de US$ 3,9 bilhões) no ano passado, de acordo com dados inéditos divulgados na manhã dessa quinta-feira para uma plateia de 300 investidores de 40 países durante a Conferência sobre Investimentos Globais 2013 que está sendo realizada na capital britânica.

— Quase 1.500 grandes novos projetos de investimentos aconteceram na esteira dos jogos olímpicos no ano passado e queremos manter esse ritmo — disse o primeiro-ministro David Cameron ao abrir o encontro.

Os números apresentados pelo Departamento de Comércio e Investimentos do Reino Unido (UKTI, na sigla em inglês) mostram que esses investimentos geraram 31 mil empregos na economia do país, a partir de um volume recorde de 1.462 novos projetos.

De acordo com o UKTI, os projetos que se seguiram aos jogos de 2012 ajudaram a assegurar ao Reino Unido o posto de primeiro países União Europeia a atrair investimentos diretos.

— Os jogos olímpicos foram uma oportunidade única para o Reino Unido para mostrar para o mundo a oferta atraente de investimentos no país e esses dados preliminares (que divulgamos) são animadores. Apesar da forte concorrência com nossos tradicionais competidores e os países emergentes, mantivemos a posição de principal destino de investimentos diretor na Europa — afirmou o ministro de Comércio e Investimentos, Lord Green.

Durante o megaevento que mobilizou não só o primeiro-ministro e representantes de outras pastas do governo britânico, mas também o príncipe Charles, que receberá os pesos-pesados da economia mundial um coquetel de encerramento, Cameron reforçou a determinação do governo reduzir o déficit fiscal.

Ele também afirmou que vai continuar defendendo a indústria de serviços financeiros britânicos contra algumas iniciativas europeias. É o caso da taxação sobre transações financeiras, acordada por países da zona do euro e que podem ter efeitos diretos sobre a City de Londres, como é chamado o quartel-general do sistema financeiro na capital britânica.