O produtor Antônio Miranda contabiliza os prejuízos. Toda a criação de bicho-da-seda está perdida, 200 mil lagartas foram mortas. “A sensação é horrível. Além de ser o ganha-pão, é um bicho vivo. Vai ficar de esterco agora”, diz.
Em Mandaguaçu, 26 dos 43 criadores de bicho-da-seda já registraram o problema. De acordo com a empresa que compra os casulos e dá assistência aos produtores, mais cidades da região estão afetadas.
“Isso está acontecendo em seis municípios, onde já temos o problema confirmado", diz o técnico agrícola, Marco Antônio Urbano.
Os produtores acreditam que as lagartas estão morrendo intoxicadas. O motivo seria o veneno agrícola aplicado por aviões em lavouras de milho. “O veneno que eles passam vem na amora e a gente tem que cortar a amora para dar aos bichos. Eles comem a amora e se contaminam”, diz o agricultor José Gonçalves.
Os pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá estão analisando os níveis de concentração de agrotóxico nas folhas de amora, principal alimento do bicho-da-seda.
De acordo com a associação dos produtores de Mandaguaçu, o prejuízo com a morte das lagartas ultrapassa os R$ 70 mil.
