16/05/2013 07h09 - Atualizado em 16/05/2013 07h13

Fraude no leite vira tema central de debate em feira do setor no RS

Uma das principais feiras de leite do país movimenta o RS.
Expoleite, em Esteio, está na 26ª edição.

Do Globo Rural

A pureza do leite recém-tirado na ordenha é o que os produtores querem garantir ao consumidor final. Os melhores animais de cada fazenda estão na exposição em Esteio.

Daniel Gomes, de Rio Grande, levou vacas da raça holandesa. Para ele é importante participar de eventos como esse para manter o controle de qualidade na fazenda, onde produz 800 litros por dia, tudo passando por testes rigorosos.

Com 10 milhões de litros por dia, o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do país, atrás apenas de Minas Gerais, mas nesta feira, o clima entre os produtores é de indignação depois das denúncias de adulteração do leite gaúcho.

O crime veio à tona na semana passada. Empresas que faziam o transporte do leite das fazendas até os laticínios, incluíam substâncias como água de poço não tratada e ureia, produto químico usado em lavouras, para conseguir mais volume.

Valdinei Grapiglia produz 500 litros por dia e teme a queda no preço e no consumo. “Alguns aproveitadores, na ganância de ganhar cada vez mais, acabam prejudicando toda uma cadeia produtiva”, diz.

As entidades acreditam que o preço de R$ 0,90 por litro pago hoje possa se manter e até subir com a chegada do frio. E lembram que medidas precisam ser adotadas pela própria indústria para evitar novos casos de adulteração. "Eu acho que tem que ter uma uniformização. Todos têm que fazer o que os bons produtores fazem e principalmente, nós concordamos com a eliminação do atravessador", explica Marcos Tang, presidente da Associação de Gado Holandês do RS.

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