09/09/2013 11h08 - Atualizado em 09/09/2013 11h10

Número de famílias paulistanas endividadas diminui em agosto

Famílias com dívidas eram 52,6%, contra 57% em 2012, diz Fecomercio.
Cerca de 245 mil famílias acreditam que não conseguirão pagar as contas.

Do G1, em São Paulo

O número de famílias paulistanas endividadas diminuiu em agosto, tanto na comparação com julho, quanto em relação a igual mês do ano passado. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) nesta segunda-feira (9), o índice ficou em 52,6% no mês passado.

Em julho, o número de famílias endividadas chegava a 57% e, em agosto de 2012, estava em 53,5%.

Em números absolutos,1,88 milhão de famílias estavam endividadas em agosto contra 2,04 milhões em julho.  No comparativo anual, a redução foi da ordem de 31 mil famílias, já que agosto de 2012 somou 1,91 milhão.

A pesquisa também indicou que cerca de 245 mil famílias paulistanas acreditam que não conseguirão pagar total ou parcialmente as contas.

Os grupos de renda mais baixa tinham mais endividados em agosto. Nas famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual de endividadas foi de 56,3%, o que significa queda de 2,9 pontos percentuais em relação a julho. Já entre aquelas com rendimento acima dessa faixa, o endividamento foi de 42% - queda de 8,4 p.p. em relação ao mês anterior.

Segundo a FecomercioSP, esse resultado mostra que as famílias com renda mais baixa sentem mais rápido os efeitos da alta dos preços e, consequentemente, aumentam seu nível de endividamento. Para essa parcela da população, o crédito representa importante meio de inclusão nos níveis desejáveis de consumo.

Tipos de dívida
O cartão de crédito ocupa o topo da lista dos tipos de dívida. Trata-se de uma modalidade de pagamento utilizada por 70,2% das famílias analisadas. Em seguida, estão carnês (18,2%), financiamento de carro (15,6%), crédito pessoal (15,1%), financiamento de casa (9,2%), cheque especial (8,4%) e outros.

De acordo com a Fecomercio, o alto nível de utilização do cartão de crédito se deve à expansão do consumo nas classes C, D e E da população. A entidade observa que hoje, com possiblidade de parcelamento das dívidas, os cartões são oferecidos até mesmo gratuitamente.

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