07/06/2013 12h59 - Atualizado em 07/06/2013 13h01

Publicidade na web irá crescer mais de 18% por ano no Brasil, diz PwC

Estudo aponta expansão dos gastos e investimentos em mídia digital.
Mercado no país deve chegar a US$ 71 bi em 2017, segundo projeção.

Do G1, em São Paulo

O mercado de entretenimento e mídia brasileiro terá crescimento acelerado nos próximos 5 anos e chegará a US$ 71 bilhões em 2017, segundo projeção da Price WaterhouseCoopers (PwC).

De acordo com o estudo "Entertainment and Media Outlook" (Perspectivas para entretenimento e mídia), o Brasil é um dos oito países do mundo que terá o maior crescimento nos investimentos em publicidade e gastos do consumidor no setor nos próximos anos.

A PwC projeta um crescimento médio anual de 18,6% na publicidade na internet até 2017 (18,6%), a maior taxa entre os segmentos do setor. As outras áreas com maior projeção de aumento dos investimentos são acesso à internet, com estimativa de crescimento médio anual de 14,7%, seguido por video games (14,4%) e TV por assinatura (13,3%).

A taxa de crescimento médio anual projetada para o mercado de entretenimento e mídia nos próximos cinco anos é de 10,8%, ante a uma média mundial de 5,7%.

Gastos com publicidade na web e acesso à internet devem liderar o crescimento do setor (Foto: Reprodução/PwC)Gastos com publicidade na web e acesso à internet devem liderar altas no setor (Foto: Reprodução/PwC)

Segundo o levantamento, os gastos com acesso à internet, publicidade na TV aberta e assinatura e licenciamento de programas na TV paga são os maiores segmentos no Brasil e juntos respondem por 60% da receita total do setor que, em 2012, foi de US$ 42,5 bilhões.

Pelas projeções da consultoria, o Brasil será o terceiro mercado global em TV por assinatura em 2013, ultrapassando Reino Unido, Canadá e Índia. A PwC estima também que Brasil, China, Índia e Rússia representarão 45% das assinaturas de serviços de banda larga fixa e 50% dos usuários de internet móvel em 2017.

“A TV aberta ainda domina, especialmente devido à transmissão de jogos de futebol, das lutas de MMA e das telenovelas e a publicidade ainda está muito focada nesse canal, pois é um investimento de menor risco, mas com a ascensão da chamada nova classe média e o aumento do poder aquisitivo das famílias, mais pessoas terão acesso à TV paga e os investimentos em publicidade também devem migrar”, avalia Estela Vieira, sócia da PwC Brasil.

Segundo as projeções da consultoria, o Brasil ocupará a sétima posição no ranking de gastos do consumidor em entretenimento e mídia já em 2013, ultrapassando Canadá, Coréia do Sul e Itália. As primeiras posições serão ocupadas por EUA, Japão, China, Alemanha, Reino Unido e França.

"O Brasil, juntamente com a China, Índia, Rússia, Oriente Médio, Norte da África, México, Indonésia e Argentina, responderão por 22% da receita global projetada para o setor de entretenimento e mídia em 2017", diz o estudo.

A PwC avalia ainda que a expansão da classe média contribuirá para estabilizar ou até propiciar pequeno crescimento em alguns segmentos nos quais a receita vinha declinando nos últimos anos. "Publicação de jornais impressos, de revistas e publicidade em locais públicos (out of home – OOH), que compreende veiculação de anúncios em pontos de ônibus, estações de trem e metrô, bancas de revistas, aeroportos, ônibus, táxis etc, são alguns dos segmentos que se beneficiarão com estas tendências", diz o estudo.

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