21/07/2013 07h43 - Atualizado em 21/07/2013 07h43

Há quase 50 anos, empresa se dedica a fabricar cúpulas de abajur

Loja de família lucra com produtos feitos sob medida para os clientes.
Empresa fatura R$ 70 mil por mês; em 2012, faturamento cresceu 30%.

Do PEGN TV

O mercado de decoração deve movimentar, só em 2013, mais de R$ 5 bilhões. Entre os vários produtos do mercado, um empresário se destaca na fabricação de cúpulas para abajur, na capital paulista.

Faz 47 anos que a empresa de São Paulo ganha dinheiro com o mesmo produto: cúpulas de abajur. O negócio foi fundado pelo empresário Gabriele Iacovella e a esposa Lícia, e hoje conta também com a ajuda do filho Nicola. Eles não têm dúvidas de que o mercado de cúpulas vive um bom momento.

"Ultimamente, eles têm construído bastante hotéis, muitos arquitetos fazem festas mais finas, que precisa bastante iluminação, cada vez mais sofisticada, e a gente sai ganhando com isso, porque sempre tem mais serviço", diz Nicola Iacovella.

O empresário Gabriele mostra a velha casa em São Paulo onde estão desde 1966. Todo o segundo andar foi reservado para a produção das cúpulas. "Tem que ir criando, cada vez fica melhor", fala o fundador do negócio.

Além de suavizar a luz, a cúpula também serve como uma peça de decoração, com cores, desenhos e formatos variados e preços que podem chegar a mais de R$ 1 mil, caso da super-resistente cúpula de pergaminho, feita de pele de carneiro – a mesma usada nos instrumentos de percussão.

O trabalho é todo artesanal. Até o maquinário foi desenvolvido no local, com a ajuda do ferreiro Osvaldo Giopato. "Para fazer este aro perfeito, eles criaram esta máquina, uma dobradeira. Ela tem uma roda de madeira com um furo. Ele encaixa o arame e gira e vai formando o circulo", explica o profissional.

Ele explica que para fazer um abajur maior tem a opção de usar outras rodas. "De acordo com a medida, vou pegar uma delas, vou trocar para fazer".

O ferreiro enrola o arame, solda, esfria numa bacia de água, e acerta o ângulo, a marteladas.  Depois, no esmeril, ele tira as rebarbas. As cúpulas são feitas em forma de cone, balão, desenhos, curvas e tamanhos variados.

O próximo passo é envolver a estrutura com tela de plástico e tecido, colado e costurado. Depois, as cúpulas são fixadas nas bases, que a empresa revende. Tem modelos lisos, estampados, com detalhes que imitam cortina, e até colmeia. O preço médio das cúpulas de tecido é de R$ 100. Já a de pergaminho pode chegar a R$ 1.600, e só é feita sob encomenda.

"São aquelas pessoas de um pouco mais de posse, que têm aquelas peças valiosas de madeira, entalhada, de metal que são peças de estilo", explica Nicola.

Produto sob medida
A empresa abriu uma segunda loja, também em São Paulo, para vender as cúpulas. O diferencial da concorrência é que eles fazem cúpulas personalizadas, ao gosto do cliente. Estes modelos representam 60% do faturamento.

A cliente Sônia Maria da Mota levou à loja um vaso para adaptar uma cúpula e transformar em uma peça decorativa. "Ao invés de você vir e escolher uma peça já pronta, você adapta aquilo que você tem, é uma peça decorativa que vai se transformar num outra coisa, uma outra utilidade, na verdade. Vai se transformar num abajur", diz.

O produto sob medida também conquista grandes clientes, caso de uma rede internacional de hotéis. O gerente da unidade em São Paulo precisava trocar as cúpulas dos quartos, mas não encontrava uma peça que se encaixasse na base do abajur, que é importado. A fábrica de cúpulas resolveu o problema.

"Tínhamos que trocar todas as cúpulas a tempo, então eu precisava um fornecedor que me atende personalizado, eu posso exigir a qualidade que nós precisamos e que honra também com o tempo para conseguir e concluir a nossa reforma", explica o gerente Johannes Bayer.

Para quem quer montar uma fábrica de cúpulas de abajur, o investimento inicial é de R$ 50 mil. Segundo o empresário Nicola, com esse dinheiro é possível comprar o maquinário e matéria-prima. E o negócio pega carona num mercado em alta. Hoje, a fábrica da família Iacovella fatura R$ 70 mil por mês – cresceu 30% em 2012 e projeta o mesmo para este ano. 

"Aposto, e fazendo a mesma coisa, e aqui nesse local, porque agora nós conseguimos mais um espaço. Nós estamos formando uma equipe de mais seis ou sete artesões, contando com o que a gente já tem, vão ajudar a família para ter uma produção melhor, inclusive nas peças mais simples, para fornecer para hotéis e, consequentemente, aumentar o faturamento", diz o empresário.

CONTATOS:
NINO CÚPULAS
Contato: Empresário Nicola Iacovella
Rua Professor Atilio Innocenti, 603 - Itaim Bibi
São Paulo/SP – CEP: 04538-001
Telefone: (11)3849-0029
www.ninocupulas.com.br

MELIÁ HOTÉIS
Contato: Gerente Geral Johannes Bayer                    
Rua João Cachoeira, 107 - Itaim Bibi
São Paulo /SP – CEP: 04535-010
Telefone: (11) 3702-9600
www.melia.com

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