23/08/2013 10h22 - Atualizado em 23/08/2013 11h38

Passagem aérea doméstica foi, em média, 0,84% mais cara em 2012

Segundo Anac, foi primeira alta depois de 3 anos consecutivos de queda.
Preço médio da tarifa doméstica no ano passado foi de R$ 294,83.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

O preço médio da passagem aérea para voos domésticos, ou seja, dentro do Brasil, foi de R$ 294,83 em 2012, alta de 0,84% em relação ao praticado em 2011, informou nesta sexta-feira (23) a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De acordo com a agência, foi a primeira alta no preço médio das passagens domésticas brasileiras depois de três anos consecutivos de queda. Mesmo com a alta, na comparação com a tarifa média praticada em 2002 (R$ 515,17) o valor apurado no ano passado foi 42,77% menor.

“A elevação observada em 2012 ocorreu em um momento em que o aumento dos custos impacta o setor aéreo, o que levou o setor à implementação de ajustes na estrutura de oferta do serviço e de tarifas frente ao cenário adverso, caracterizado por um conjunto de fatores, como a desaceleração da economia e da demanda por transporte aéreo, a alta do preço do barril de petróleo e a valorização do dólar em relação ao real – que causam impacto direto nos custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves. Tais custos representaram mais da metade do total de custos e despesas de voo da indústria em 2012”, diz nota divulgada pela Anac.

"Tendo em vista os resultados financeiros negativos apresentados pelo setor desde 2011, os ajustes de oferta e de tarifas que têm sido realizados pela própria indústria representam uma adequação ao novo cenário, com objetivo de recuperar a rentabilidade e assegurar a continuidade e a segurança dos serviços", completa a nota.

Na terça (20), representantes das quatro maiores empresas aéreas do Brasil, TAM, Gol, Azul e Avianca, apresentaram ao governo federal uma série de medidas a ser adotada de maneira “urgente” para reduzir o custo de suas operações no país e, com isso, evitar o aumento das passagens aéreas nos próximos meses.

As propostas foram apresentadas ao ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco. O pedido de ajuda foi motivado principalmente pela alta no preço do querosene e pela subida do dólar nas últimas semanas, que elevou muito o custo das empresas – entre 55% e 57% das despesas das aéreas são dolarizadas.

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a variação de preços na capital paulista, só no mês de julho as passagens aéreas registraram alta de 8,53% ante junho. No acumulado dos 7 primeiros meses do ano, entretanto, os preços reucaram 6,72% na comparação com o mesmo período de 2012. No acumulado dos últimos 12 meses, as passagens subiram 16,11%.

Demanda e oferta
A Anac também divulgou nesta sexta que a demanda por transporte aéreo doméstico e a oferta de assentos registraram queda em julho de 1,71% e 1,02%, respectivamente. Foi a primeira queda nos dois indicadores para o mês de julho depois de nove anos consecutivos de aumento.

No acumulado do ano, segundo a agência, a baixa na demanda por voos domésticos é de 0,20% e, na oferta de assentos, de 5,11%, na comparação com os primeiros sete meses do ano passado.

Por outro lado, a demanda por transporte aéreo internacional registrou crescimento de 2,77% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a oferta de assentos para voos fora do país aumentou, no mesmo período, 8,20%. Os dados consideram apenas as empresas brasileiras.

Segundo a Anac, a demanda e a oferta de voos internacionais está em alta há nove meses e, em julho de 2013, atingiram seu maior patamar para o mês desde o início da série, em 2000.
No acumulado do ano, a demanda apresenta crescimento de 4,60% e, a oferta de assentos internacionais, de 12,27%, quando comparados com os primeiros sete meses de 2012.

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