11/07/2013 07h35 - Atualizado em 11/07/2013 07h41

No sul do CE, obras de transposição do Rio São Francisco estão paradas

Esperança de água para lavouras e criações é cada vez menor.
Em Mauriti, as obras estão paradas há quase dois anos.

Do Globo Rural

Francisco Siqueira mora em Mauriti, extremo-sul do Ceará, e aos 53 anos de idade vislumbra desolado a obra parada que tanto sonha ver concluída: a transposição das águas do Rio São Francisco.

Segundo o ministério da Integração Nacional, Mauriti está incluído na chamada meta 3N do projeto, no eixo norte da transposição, onde se encontra a maior parte das obras no Ceará com 38 quilômetros de extensão. O orçamento inicial em 2007 era de R$ 4,5 bilhões, mas atualmente o valor corresponde a quase o dobro: R$ 8,2 bilhões.

O lote 6 tem um trecho das obras paralisadas há pelo menos 1 ano e 4 meses. O canal corta pelo menos 15 localidades e de acordo com a associação dos trabalhadores rurais da região, com as obras paradas pelo menos 400 pessoas estão prejudicadas. Não há nem serviço para ocupar a mão de obra local, nem água suficiente para irrigar plantações, consumo humano e dos animais.

A chuva deste ano foi tão pouca que o açude de Mauriti, pertencente ao Dnocs e incluído no projeto para receber água do Rio São Francisco, não encheu nem 1/3 da capacidade, que é de 33 milhões de metros cúbicos.

Em uma visita recente à região o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, disse que foi aberto um novo processo de licitação para retomada das obras. Elas devem estar concluídas em 2015.

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