09/05/2013 21h22 - Atualizado em 09/05/2013 22h35

OGX, de Eike Batista, tem prejuízo de R$ 805 milhões no 1º trimestre

É o 11º trimestre seguido de prejuízo da companhia, segundo Economatica.
As receitas no período somaram R$ 289 milhões.

Do G1, em São Paulo

A petrolífera OGX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou nesta quinta-feira (9) que teve prejuízo líquido contábil de R$ 805 milhões no 1º trimestre, alta de 455% na comparação anual. No mesmo período de 2012, a companhia registrou prejuízo de R$ 145 milhões.

Foi o 11º trimestre seguido de prejuízo da companhia, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica. No 4º trimestre de 2012, a OGX registrou prejuízo de R$ 286 milhões.

"Esse resultado decorre principalmente de despesas no valor de R$ 1,195 bilhão referentes a poços secos e áreas subcomerciais devolvidas à ANP após a conclusão do período exploratório em março de 2013", afirmou a OGX em nota, acrescentando que esses impactos foram parcialmente compensados pelo efeito positivo de imposto de renda e contribuição social diferidos de R$ 424 milhões.

As receitas nos três primeiros meses do ano somaram R$ 289 milhões.

No balanço, o presidente da OGX, Luiz Carneiro, destacou que a receita da companhia cresceu e que a empresa registrou um Ebitda positivo (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pela primeira vez.

A petrolífera reverteu o Ebtida negativo de R$ 38 milhões entre outubro e dezembro de 2012 para R$ 73,8 milhões no 1º trimestre.

"Foi um trimestre desafiador para a OGX, uma vez que problemas operacionais levaram a paradas na produção dos poços OGX-68HP e TBAZ-1HP, além de intermitência operacional no poço OGX-26HP. Continuamos analisando o comportamento do reservatório, assim como o impacto no volume recuperável total estimado", disse Carneiro.

Nesta quinta-feira, as ações da OGX caíram 6,25% na Bovespa.

Acordo com Petronas
Nesta semana, a petrolífera anunciou um acordo para venda de participação de 40% em blocos na bacia de Campos para a estatal malaia Petronas, por R$ 850 milhões. Apesar do alívio para o caixa da companhia, analistas avaliaram que a operação não resolve a situação de longo prazo da OGX.

"A parceria com a Petronas, com recursos recuperáveis superiores a 32 bilhões de barris e produção de aproximadamente 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia, reforça a qualidade de nossos ativos e de nosso corpo executivo, fortalece nossa posição de caixa e contribui com financiamento adicional para prosseguirmos desenvolvendo nosso portfólio e buscando novas oportunidades de crescimento”, afirmou o presidente da OGX no balanço.

De acordo com detalhes divulgados nesta quinta-feira, a OGX receberá a maior parte do pagamento somente quando o campo começar a produzir petróleo, o que é esperado para o fim do ano.

A empresa disse que receberá da Petronas, no fechamento financeiro do negócio, US$ 250 milhões, mais uma quantia correspondente a 40% dos gastos incorridos com o desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo desde 1º de maio de 2013.

Os US$ 600 milhões restantes serão depositados em nome da OGX em uma conta e serão liberados da seguinte forma: US$ 500 milhões no primeiro óleo; US$ 50 milhões com o atingimento de uma produção agregada de 40 mil barris de óleo equivalente por dia; US$ 25 milhões com uma produção agregada de 50 mil barris; e US$ 25 milhões com uma produção agregada de 60 mil barris.

 

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