10/05/2013 10h35 - Atualizado em 10/05/2013 10h46

Tesouro capta mais US$ 50 milhões no mercado asiático

Valor total da operação ficou em US$ 800 milhões, confirmou instituição.
Recursos ingressarão nas reservas internacionais brasileiras.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta sexta-feira (10) que foram captados mais US$ 50 milhões no exterior por meio da emissão de bônus em dólares no mercado asiático. Com isso, não foi vendido o valor total da oferta, de até US$ 75 milhões reservada para este mercado. Os títulos têm vencimento previsto para janeiro de 2023.

A taxa de retorno ao investidor, ou seja, quanto o governo brasileiro pagará em taxas de juros para os detentores dos papéis, ficou em 2,75% ao ano. Com isso, representou pequeno aumento frente à menor taxa da história, de 2,68% ao ano, obtida em setembro do ano passado em uma captação com igual prazo. Foram as mesmas condições obtidas na captação nos mercados norte-americano e europeu, feita na quinta-feira, no valor de US$ 750 milhões.

A captação total também foi menor que a realizada em setembro de 2012, quando US$ 1,35 bilhão foram buscados nos mercados norte-americano, europeu e asiático. Os recursos irão para as reservas internacionais brasileiras, atualmente acima de US$ 378 bilhões.

Referência para empresas
Nas emissões da dívida externa do país, que não podem ser adquiridas por investidores nacionais, o governo capta recursos no mercado externo, mas tem por objetivo principal proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros.

Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto teriam de pagar para fazer captações de recursos no mercado internacional. Ou seja, servem como referência em termos de taxas de juros. As captações também geram aumento da dívida externa brasileira.

Como funciona
Nas emissões de títulos da dívida pública no mercado externo, os investidores estrangeiros "compram" os papéis e pagam em dólar. Na data do resgate, recebem o equivalente ao emitido no momento da captação. No meio termo, ou no fim do contrato, recebem juros.

O processo de lançar bônus no mercado internacional funciona como um leilão. Os investidores fazem sua proposta ao governo brasileiro, informando a taxa de juros e a quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro Nacional as aceita ou não.

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