Economia

Acusado de vender dados de banco suíço faz acordo judicial

Caso é idêntico ao do vazamento de dados pelo ‘Snowden’ alemão

RIO - Um homem acusado de vender dados de clientes de um banco suíço às autoridades fiscais alemãs concordou em se declarar culpado no fim do mês, num acordo judicial com promotores, revelou nesta terça-feira um tribunal federal suíço. Segundo uma agência de notícias local, o acordo prevê três anos de prisão e será pronunciado na corte no dia 22 de agosto. O porta-voz do tribunal não quis dar detalhes sobre a extensão do acordo. Segundo o julgamento, ele recebeu € 1,1 milhão pelos dados de clientes ricos do banco.

Os detalhes do caso são idênticos aos de um especialista em TI alemão preso em julho sob acusação de violar a legislação bancária, praticar espionagem industrial e lavar dinheiro com o vazamento de informações do banco suíço Julius Baer.

Os promotores disseram que o técnico alemão, que já confessou o crime, levantou informações sobre clientes ricos do Julius Baer da Alemanha e Holanda entre outubro e dezembro de 2011. A instituição não quis comentar o caso.

As leis de sigilo bancário da Suíça, que ajudaram o país a atrair US$ 2 trilhões para o país, estão sob feroz ataque de governos de outros países, como Alemanha, França e EUA, que tentam combater a evasão fiscal.

Em 2011, o Julius Baer concordou em pagar US$ 66,47 milhões em impostos às autoridades alemãs para encerrar uma investigação, mas a instituição ainda está na mira dos EUA por ajudar americanos a evitar tributos mantendo seu dinheiro em contas na Suíça.