Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (30) e a diferença entre Brent e petróleo nos EUA cresceu com operadores apostando que a alta recente na cotação norte-americana foi longe demais, enquanto alguns se preparavam para o resultado de uma reunião do Federal Reserve.
A queda nas cotações ocorre depois de uma escalada nos preços de ambos os contratos para máximas de vários meses, acima de US$ 109 por barril em julho, o que atraiu especuladores e grandes fundos de hedge para o mercado.
O petróleo nos EUA, em particular, subiu à máxima de 16 meses depois que investimentos em infraestrutura permitiram um fluxo maior, retirando produto da região de entrega e referência, em Oklahoma, e levando-o para áreas de consumo, na costa.
Os agentes de mercado estão à espera de pistas da reunião de dois dias do Fed sobre o programa de estímulos que tem elevado a demanda no país que é o maior consumidor mundial. Uma manifestação do Fed é aguardada para quarta-feira.
Os dados de estoques de petróleo nos EUA, divulgados também na quarta, também deverão dar mais luz ao mercado. Uma pesquisa da Reuters com seis analistas mostrou na segunda-feira que os estoques provavelmente caíram na última semana pela quinta vez consecutiva.
"Neste momento, o mercado está apenas liquidando posições. O Brent está sofrendo do mesmo problema: um tremendo aumento de posições especulativas nas últimas semanas. Com o mercado em queda, haverá ainda mais pressão sobre os preços", disse o vice-presidente Jefferies Bache, Andy Lebow.
Os futuros do Brent recuaram US$ 0,54, fechando a US$ 106,91 por barril. O petróleo nos EUA caiu US$ 1,47, a US$ 103,08 por barril.
A diferença entre os dois contratos de referência cresceu para US$ 3,83. O distanciamento gradual nas últimas cinco sessões ocorre depois de um período de estreitamento, ao longo de cinco meses, culminando com uma paridade em 19 de julho.