08/08/2013 07h10 - Atualizado em 08/08/2013 07h18

Alta do dólar encarece o cultivo e preocupa os produtores de soja de MT

Valorização do dólar está preocupando os produtores do estado.
Muitos ainda não compraram os insumos para a safra de verão.

Do Globo Rural

A lavoura de milho já foi colhida, agora é a chegada dos caminhões que movimenta a fazenda do agricultor Rodrigo Pereira, em São Pedro da Cipa, sudeste de Mato Grosso.

Eles trazem o adubo para a próxima safra de soja, que começa a ser cultivada no estado na segunda quinzena de setembro. O agricultor comprou no começo do ano e conseguiu escapar dos aumentos.

Assim como Rodrigo, muitos agricultores do estado decidiram comprar os insumos com antecedência. Segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, até o final do mês de junho, 83% dos produtos que vão ser usados na próxima safra de soja já tinham sido negociados.

Quem deixou para comprar os insumos só agora, vai pagar mais caro. Pelas contas do Imea, o custo total, que engloba insumos, mão-de-obra, transporte, armazenagem e o valor da terra, subiu 26% de um ano pra cá.

Mesmo assim, hoje as contas ainda estão favoráveis para a soja. O preço da saca no estado gira em torno de R$ 50, enquanto a produtividade média é de 50 sacas por hectare. Com a venda, os agricultores estão recebendo R$ 2,5 mil por hectare. O custo da lavoura é de cerca de R$ 2,4 mil por hectare, então resta uma sobra de R$ 100 por hectare cultivado.

O plantio da soja, em Mato Grosso, começa depois do dia 15 de setembro, quando termina o período de vazio sanitário.

Enquanto acompanha o final da colheita da plantação de milho, o agricultor Carlos Schneider pensa na safra de soja. Ele vai plantar 350 hectares e por enquanto só comprou uma parte do adubo que vai usar. Carlos faz as contas e está preocupado. “O mercado já perdeu e a tendência ainda é de queda”, diz.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de