Questionado se a gasolina terá aumento de preço ainda neste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar nesta segunda-feria que não há mudança de método no sistema de correção de preços da gasolina praticado pela Petrobras. Ele tentou se esquivar da resposta, mas disse que "não mudou nada o método de correção". O ministro também faz parte do Conselho da petrolífera.
- Existe uma política de preços e ela está mantida até segunda ordem - disse.
No fim de semana, a presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que está em estudo uma mudança no sistema de preços da estatal, que ainda teria por objetivo não repassar a volatilidade cambial para os preços domésticos de combustível.
Sobre se um eventual aumento de preços de combustível, que vem sendo defendido pela presidente da Petrobras, estaria sendo discutido pelo Conselho da estatal, Mantega desconversou e disse não poder relevar o que é discutido nas reuniões.
- A política de preços não mudou, todo ano tem reajustes, que quando acontecerem, todos ficarão sabendo - afirmou antes de encerrar a coletiva com jornalistas.
Mantega também não respondeu se um possível reajuste aconteceria antes ou após o leilão de Libra, campo de exploração de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, marcado para outubro.
Retomada do IPI
Depois de almoçar, Mantega voltou a conversar com jornalistas, desta vez sobre a retomada gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o fim de dezembro nos produtos de linha branca e nos móveis.
- Estamos em um momento de recuperação de vendas, estão nós podemos voltar gradualmente ao IPI do ano passado, mas nem todos (os produtos) vão ter recuperação total, como as máquinas de lavar e o tanquinho - afirmou.