lado do presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (3), durante discurso em Natal, no Rio Grande do Norte, que o governo vai criar um Plano Safra exclusivo para a região do semiárido.
O objetivo, segundo a presidente, é auxiliar agricultores da região prejudicados pelos efeitos da seca. Para esta terça, segundo o Ministério da Agricultura, está previsto o lançamento, no Palácio do Planalto, do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014.
"Nós temos de garantir segurança produtiva aqui no Nordeste. O que faz com que as pessoas voltem para trás com tudo aquilo que conquistaram é não ter segurança produtiva. Por isso vamos lançar o Plano Safra do semiárido. Só para o semiárido. Agora nós vamos regionalizar um plano safra, só para o semiárido nordestino, para garantir que cada vez que haja seca as pessoas não percam toda sua criação, não tenham do que viver e o governo federal não tenha de, na entressafra, de importar do sul do país, da Argentina e do Uruguai o milho para abastecer os animais aqui no Nordeste", afirmou a presidente.
Dilma afirmou também que, com o plano, dívidas dos agricultores serão "equacionadas". No lançamento do Plano Safra, de acordo com o ministério, serão apresentados detalhes do programa e o volume de crédito que vai ser ofertado para os agricultores da região.
Dilma discursou em Natal durante evento em que o governo entregou retroescavadeiras e motoniveladoras a 149 municípios localizados na região do semiárido do Rio Grande do Norte. Ao todo, foram entregues 250 máquinas.
Para a presidente, ações do governo para amenizar os efeitos da atual seca no Nordeste, considerada uma das mais rigorosas das últimas décadas, ajudaram a evitar prejuízos maiores e vão continuar enquanto durar a estiagem.
"Essa questão da segurança hidrica é estratégica. Por isso repassamos recursos para que fossem construídos poços e pequenos sistemas coletivos de abastecimento. Nós estamos também pagando garantia safra e bolsa estiagem. É por isso que não vimos, apesar da profunda seca, ataques a supermercados e feiras, porque criamos um cinturão que vai durar enquanto a seca durar", disse.