Economia

Petrobras garante metas de produção no ano e anuncia recorde de refino

Previsão é saltar dos atuais 2 milhões de barris diários para 2,7 milhões em 2022

RIO - Tanto a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, como o diretor de Exploração e Produção da companhia, José Formigli, garantiram há pouco que as metas de produção para este ano e os próximos estão garantidas. Durante apresentação do Plano de Negócios 2013/17, na Firjan, a presidente da companhia e o diretor enfatizaram que as metas previstas serão cumpridas. Para este ano, a produção deverá ficar em torno de 2,022 milhões de barris por dia, com oscilação de 2% para cima ou para baixo.

Já a partir do segundo semestre deste ano, com a entrada de novos sistemas (sete), a produção vai crescer até atingir 2,075 milhões em 2017. Nesse ano, além desse volume, a Petrobras estará produzindo mais 530 mil barris diários referente ao óleo dos parceiros nos vários campos.

Por volta de 2022, além da produção de 2,75 milhões de barris diários, a Petrobras estará produzindo outros 753 mil barris diários relativo ao óleo dos parceiros que têm nos vários consórcios.

Com relação às refinarias da Petrobras, elas continuam batendo recorde em seu processamento, operando a plena capacidade. O diretor de Abastecimento, José Cosenza afirmou que no último fim de semana a Petrobras bateu novo recorde de refino com um total de 2,1 milhões barris por dia. Ele destacou que o aumento do refino vai contribuir para a redução das importação de combustíveis.

‘Não tem pequeno ou grande vazamento’

Há pouco, Graça Foster informou que vazaram cerca de 22 de barris de petróleo no terminal da Transpetro, subsidiária da estatal responsável pela operaçãoo do terminal, em São Sebastião, São Paulo. Segundo a executiva, até a próxima sexta-feira, a Trasnpetro deverá ter alguma informação sobre as causas que provocaram o acidente. Graça mostrou-se insatisfeita com o vazamento, apesar de o volume ter sido relativamente pequeno.

— Para mim, não tem pequeno ou grande vazamento. Não pode ter vazamento algum — disse Graça, ao confirmar, contudo, que a Trasnpetro vai recorrer da multa recebida de R$ 10 milhões por danos ambientais.

Sem críticas

Ao lado dos quatro diretores da empresa e uma plateia lotada, a presidente da Petrobras disse ainda não admitir críticas que desqualifiquem o trabalho que vem sendo realizado na companhia.

— São desqualificadas quaisquer tentativas de tentar diminuir o trabalho que vem sendo feito na Petrobras - afirmou Graça Fister.

A Petrobras prevê investir US$ 236,7 bilhões no período 12/17. Com uma produção atual de cerca de 2 milhões de barris diários, a empresa espera atingir 2,75 milhões de barris por dia em 2017.

Renovação de contrato de importação de gás com a Bolívia

A Petrobras também tem interesse em renovar o contrato de importação de gás natual com a Bolívia que vai vencer em 2019. A informação foi dada pela presidente da estatal, ao destacar da importância do gás boliviano no consumo interno do país. O diretor de Abastecimento da companhia, José Cosenza, destacou o interesse de a companhia manter as importações do gás da Bolívia. Segundo o diretor, apesar de o contrato teerminar em 2019, a Petrobras ainda tem direito a receber o produto até 2020 por conta do gás já pago no início do contrato e não utilizado. Pelo contrato atual em vigor, o Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos por dia de gás da bolívia.

— Não está nos nossos planos não renovar com a Bolívia. Temos contrato até 2019, mas temos gás já pago a receber até 2020. E vamos negociar na época oportuna a renovação desse contrato — explicou Cosenza.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, foi enfática ao falar do interesse da companhia em renovar o contrato com a Bolívia. Segundo Graça Foster, a Petrobras terá uma boa posição para negociar com a Bolívia considerando o aumento de sua produção interna e a capacidade de importar Gás Natual Liquefeito (GNL), gás na forma líquida.

— Já está decidido que vamos negociar. Porque temos suprimento de gás nacional, temos o GNL, gás importado na forma líquida, mas é inquestionável nossa necessidade do gás da Bolívia para depois de 2020 — destacou Graça Foster.

Importações de derivados

A Petrobras reduziu as importações de derivados de petróleo entre 10 e 15 mil barris/dia no primeiro trimestre do ano, graças ao aumento do refino. Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Cosenza, no último fim de semana, por exemplo o refino atingiu 2,149 milhões de barris diários, um novo recorde, permitindo essa redução nas compras externas.

— Isso reduz de forma substantiva a necessidade de importação com esse nível de processamento — afirmou Cosenza.

Segundo o diretor, a companhia importou cerca de 245 mil barris/dia de diesel e gasolina, patamar que deverá ser mantido até o final do ano, apesar de se manter a tendência de aumento no consumo dos combustíveis. Segundo o diretor, no primeiro trimestre foram importados em média 190 mil barris diários de óleo diesel e 55 mil barris diários de gasolina.