O principal índice da Bovespa voltava ao território negativo na tarde desta quarta-feira e operava abaixo dos 50 mil pontos, descolando-se das bolsas norte-americanas e refletindo a pressão de baixa exercida pelos papéis de OGX, Petrobras e Vale.
Às 16h43, o Ibovespa tinha variação recuava negativa de 0,31%, a 49.937 pontos. Veja cotação
O índice era pressionado por uma acentuada queda dos papéis da OGX, que tombava mais de 18%, ainda afetada por notícias da terça-feira, quando a petroleira de Eike Batista disse ter desistido da aquisição de blocos que arrematou sozinha na 11a rodada de leilões de áreas de exploração.
Repercutia ainda nesta quarta a notícia de que Eike estaria negociando a conversão da dívida bilionária da OGX em participação acionária na companhia.
"A operação traria uma diluição da atual base de acionistas", afirmou o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora.
Petrobras, que operou em alta mais cedo, também passou a cair. "Há uma volatilidade muito grande em cima do papel, e as recentes altas do petróleo e do câmbio também estão interferindo", afirmou o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora.
Mais cedo, o Ibovespa chegou a avançar 1%, recuperando parte das perdas da véspera, quando recuou 2,6% em uma sessão marcada por expectativas de um possível ataque militar liderado pelos Estados Unidos contra o governo sírio.
"O primeiro impacto da Síria foi ontem (terça-feira) e fez o mercado se aproximar de uma zona de suporte. É natural que os operadores se posicionem no curto prazo imaginando um repique", afirmou o operador Rudimar José Joner Filho, da Banrisul Corretora.
A trajetória positiva do índice mais cedo foi guiada por papéis do setor imobiliário, em um dia de queda das taxas de juros futuros.