Planta de São José fabrica o Classic, a picape S10 ea SUV Trailblazer (Foto: Divulgação/ GM Brasil)
Uma comissão da Prefeitura de São José dos Campos participa nesta quarta-feira (8) de uma reunião em São Caetano do Sul (SP) para negociar o possível investimento de R$ 2,5 bilhões da montadora na planta de São José dos Campos (SP).
O encontro faz parte das rodadas de negociação com a empresa para garantir a implantação no complexo industrial da cidade da linha de produção do novo modelo de veículo da montadora.
A decisão sobre o destino do aporte deve acontecer ainda neste mês de maio. Além do Brasil, plantas de mais dois países disputam o investimento.
A prefeitura informou na última semana que estuda quatro medidas de incentivo para atrair o aporte, entre as quais a concessão de benefícios fiscais, investimentos em logística, ações para atrair fornecedores da cadeia produtiva de autopeças e a viabilização para construção de distritos industriais em parceria com a GM. A empresa foi procurada na tarde desta terça-feira (7) mas não comentou o assunto.
O volume de produção, modelo do veículo e o número de empregos que serão gerados pela nova linha ainda não foram informados pela montadora.
Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos não vão participar deste encontro em São Caetano. "Não estávamos nem sabendo. Mas não vejo nenhum problema, estamos conversando com os trabalhadores e no fim desta semana vamos divulgar a opinião do sindicato sobre o assunto", disse o presidente da entidade, Antônio Ferreira de Barros 'Macapá'. O sindicato informou que já participou de duas rodadas de negociação.
A GM em São José dos Campos emprega cerca de 7 mil pessoas e enfrentou nos últimos meses uma crise que resultou na demissão de 598 funcionários. Parte do acordo para evitar um número ainda maior de demissões flexibilizou o piso inicial para novos operários de R$ 3.100 para R$ 1.800.
Segundo o diretor de relações institucionais de GM, Luiz Moan, o futuro da planta de São José dos Campos depende de um acordo envolvendo os governos municipal, estadual e o sindicato. A direção da GM considera que a cidade tem potencial para receber o investimento por conta da localização privilegiada - às margens da Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo - e próximo ao porto de São Sebastião.