O dólar fechou em leve queda nesta terça-feira (7), refletindo o otimismo nos mercados internacionais diante de sinais animadores sobre a economia alemã e da perspectiva de continuidade de estímulos monetários em todo o mundo.
A moeda norte-americana encerrou em queda de 0,27%, para R$ 2,0075 na venda. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,8 bilhões. Veja a cotação.
O mercado de câmbio brasileiro tem variado pouco em torno do patamar de R$ 2, considerado confortável pelas autoridades brasileiras. Analistas afirmam que a estabilidade do dólar nesse nível ajuda o setor exportador, sem causar pressões inflacionárias adicionais.
O número de encomendas à indústria alemã subiu novamente em março, em um sinal animador sobre as perspectivas econômicas da principal economia da zona do euro. Ainda assim, declarações de autoridades europeias nessa semana sugerem que essa melhora não é suficiente para motivar o fim dos estímulos monetários implementados na região.
Os dados deram novo impulso aos mercados, elevando a demanda por ativos arriscados como ações de países emergentes e pressionando para baixo as cotações do dólar.
As flutuações do dólar frente ao real têm sido contidas, no entanto, pela perspectiva de que o BC intervenha no mercado caso a divisa norte-americana ultrapasse as extremidades de uma banda cambial informal ditada pelo BC. Segundo analistas, esta banda atualmente se situaria entre R$ 1,95 e R$ 2,03.
"É isso que faz todo mundo ter cautela", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos, para quem atuações do BC serão desencadeadas por "volatilidade dissociada de fundamentos".
Na segunda-feira, dia de baixo volume de negócios, a moeda fechou em alta de 0,17%, a R$ 2,013.