O primeiro fim de semana dos policiais da Força Nacional em Sidrolândia foi para reconhecimento da área ocupada pelos índios terenas.
Os militares ficam na região por tempo indeterminado com o objetivo de pacificar o conflito de terras entre indígenas e produtores rurais pela disputa de terras.
São 110 militares divididos em três equipes que se revezam a cada 24 horas. Segundo o major responsável pela tropa, Luiz Alves, a partir desta segunda-feira (10) devem começar as fiscalizações e barreiras pelas estradas vicinais e rodovias.
Oito propriedades estão ocupadas pelos indígenas em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande.
Um produtor rural foi até o alojamento dos policiais pedir apoio para voltar a Fazenda Cambará, uma das propriedades invadidas. Ele gostaria de acompanhar a retirada do restante do rebanho que está na área. O produtor informou que 80% do gado já foi levado para uma fazenda em outro município.
Os militares que não estão em serviço nas áreas das fazendas ficam alojados no parque de exposição de Sidrolândia, onde descansam, fazem as refeições e recebem instruções.
Na área urbana, a movimentação dos policiais é o novo atrativo da cidade. Para os moradores, população pouco maior que 40 mil habitantes, a rotina já mudou.
A Iagro, Agência de Defesa Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul, aguarda a ajuda dos homens da Força Nacional para concluir a vacinação do rebanho da região contra a febre aftosa.
Os técnicos serão acompanhados pelos policiais até as fazendas ocupadas. O gado dessas propriedades deveria ter sido imunizado em maio, mas, segundo a Iagro, o trabalho foi prejudicado por causa dos conflitos.